O ciclo de Cinema no Pátio do gnration, em Braga, arranca a 6 de Agosto com o filme ‘Viagem a Itália’, de Roberto Rossellini, abrindo um programa com a Viagem como tema.
O ciclo de cinema do gnration deste ano propõe Além de viagens cinematográficas de Roberto Rossellini, o ciclo de cinema do gnration propõe Andrei Tarkovsky, Christian Petzold e Wim Wenders.
As sessões são gratuitas e sempre às 21h30, mas requerem o levantamento de bilhete na hora anterior de cada sessão (20h30). De modo a ir de encontro a condições de maior conforto e segurança no actual contexto de pandemia, as sessões do cinema do pátio decorrem na blackbox.
VIAGEM A ITÁLIA
Os Joyce são um casal inglês interpretado por Ingrid Bergman e George Sanders que viaja para Itália com o objectivo de ver uma propriedade perto de Nápoles, recentemente herdada. Rossellini transforma a história de um casal aborrecido a viajar por Itália numa história sobre crueldade e cinismo, à medida que o casamento destas duas personagens se desintegra.
PROGRAMA
6 de Agosto: Viagem a Itália, de Roberto Rossellini
13 de Agosto: Nostalgia, de Andrei Tarkovsky
20 de Agosto: Em Trânsito, de Christian Petzold
27 de Agosto: Ao Correr do Tempo, Wim Wenders
CINAMA NO PÁTIO 2020
“A Viagem é uma das matrizes essenciais da arte cinematográfica desde a sua génese. Logo na primeira sessão de cinema, a 28 de Dezembro de 1895, uma viagem de comboio que chegava à gare de La Ciotat ‘parecia’ sair da tela para a sala do Grand Café des Capucines em Paris. Por isso pode dizer-se que a ilusão da viagem existe no cinema desde sempre, e que o cinema é, também ele uma viagem: pelo menos no tempo cronológico de cada filme e no tempo imaginário de cada história. Num ano tão particular como o de 2020, o Cinema no Pátio propõe quatro viagens cinematográficas: a de redenção de um casal em Viagem a Itália (Roberto Rossellini, 1954), a viagem interior ou da memória em Nostalgia (Andrei Tarkovsky, 1983), o êxodo atemporal de Em Trânsito (Christian Petzold, 2019) e a road trip de Ao Correr do Tempo (Wim Wenders, 1975)”, escreve Eduardo Brito, o programador do Cinema no Pátio 2020.
Eduardo Brito trabalha em cinema, fotografia e escrita. Os seus trabalhos exploram os temas verdade-ficção-memória, bem como a relação texto-imagem. Realizou as curtas-metragens ‘Penúmbria’ (2016), Declive (2018) e ‘Ursula’ (2020).
Escreveu o argumento das curtas ‘O Facínora’ (Paulo Abreu, 2012), ‘A Glória de Fazer Cinema em Portugal’ (Manuel Mozos, 2015) e ‘O Homem Eterno’ (Luís Costa, 2017) e, com Rodrigo Areias, da longa ‘Hálito Azul’ (2018).
Estudou e leccionou na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e fez especialização em guião para cinema na Escuela Internacional de Cine y Televisión em Cuba.