Dezenas de pessoas, a maioria de Vizela, concentraram-se esta quinta-feira junto à estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Serzedo, em Guimarães, para protestar contra o funcionamento do equipamento que dizem estar a poluir o rio Vizela.
Acompanhados do presidente da Câmara de Vizela, Vítor Hugo Salgado, os populares acenderam velas, que colocaram no chão, à entrada da ETAR, exibiram bandeiras do concelho e cartazes de protesto, nos quais se podiam ler as frases “Respeitem a natureza” e “Poluir é crime”.
Por entre palmas, os manifestantes entoaram a frase “Vizela é assim e luta até ao fim”, no que foram acompanhados por vários membros do executivo municipal.
O presidente da câmara dirigiu-se aos populares, agradecendo a participação e reafirmou empenho neste caso.
Vítor Hugo Salgado referiu que a ETAR de Serzedo, gerida pela empresa de capitais públicos Águas do Norte, é quem polui aquele afluente do rio Ave, uma situação que tem sido desmentida pela entidade gestora, alegando não haver quaisquer anomalias no funcionamento do equipamento.
O autarca reafirmou que as recentes análises à água captada junto à ETAR indicam que apresenta valores de poluição acima do permitido pela legislação.
“Hoje, pedimos que seja resolvida esta questão de forma definitiva”, reforçou.
Vítor Hugo Salgado sinalizou, por outro lado, que a solução passa pela construção de um emissário, cujo projecto foi conhecido esta semana, que ligue a ETAR de Serzedo à ETAR de Lordelo, também em Guimarães, obra que obriga a um investimento de cinco milhões de euros por parte do Governo.
“Acho que o senhor ministro pode fazer um grande brilharete. Se eu fosse ministro do Ambiente, tendo a possibilidade de despoluir um dos rios mais poluídos da Europa e apenas fazer um investimento de cerca de cinco milhões de euros, não pensava duas vezes”, declarou.
Dizendo contar com o apoio da população, o autarca, eleito por uma lista independente, insistiu que Vizela não parará nesta causa: “Os vizelenses já demonstraram ao longo da sua história, em particular no que concerne à luta autonómica, que, quando querem algo, vão à luta e lutam até ao fim”.
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Fotos Jornal Digital de Vizela