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Director da construtora Casais suspende funções até esclarecimento de caso em que é suspeito de suborno em Gibraltar

O director-geral do Grupo Casais, de Braga, Hélder Mendes da Silva, que é suspeito de ter praticado o crime de tentativa de suborno em Gibraltar, suspendeu as suas funções na construtora até que o caso seja esclarecido pela justiça do enclave inglês.

O gestor foi alvo de uma denúncia criminal relacionada com um projecto para o qual a Casais foi contratada.

Em comunicado, a polícia local refere que, em Abril de 2020, no decurso de discussões comerciais relativas a pagamentos de trabalhos de construção, foi oferecido um suborno de 20 mil euros em dinheiro a uma intermediária para encorajar a aprovação de trabalhos num projecto de dois milhões de libras.

Já a imprensa de Gibraltar conta que perante o juiz, a 26 de Agosto, Hélder Mendes da Silva declarou-se inocente, negando a tentativa de suborno. Foi libertado após pagamento de uma fiança de cinco mil libras. O caso será julgado em Novembro por um tribunal superior.

SUSPENSÃO

Em comunicado, a Casais adiantou que “o colaborador suspendeu o seu cargo e foi nomeado um director interino para exercer a sua função até que as alegações sejam esclarecidas”.

A empresa salienta que, “desde sempre”, manteve “uma postura de clareza e transparência e, por isso, esclarece que não foi preso qualquer colaborador ou gestor da subsidiária”.

A firma garante que “colaborou desde o início com a investigação, sendo que os motivos que levaram a esta alegação serão analisados pelas entidades competentes”.

“Como as denúncias estão relacionadas com um contrato específico, em paralelo, e para eliminar qualquer suspeita sobre os referidos trabalhos, ordenamos a contratação dos serviços de uma empresa de Quantity Surveying idónea, reputada e independente para realizar uma análise dos valores reclamados nesse mesmo contrato”, lê-se no comunicado.

Salienta que, “à data, o colaborador visado da nossa subsidiária foi intimado a comparecer no tribunal e a defender-se, algo que será confirmado apenas em Novembro por um juiz que, só nessa altura, decidirá sobre a acusação e o seguimento do processo”.

O Grupo Casais, um dos maiores construtores de Braga, tem 4.500 colaboradores e marca presença em 16 países.

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