O Braga para Todos pede à Câmara Municipal mais policiamento na área do BragaParque junto à ponte pedonal e sistema de vídeo-vigilância nas pontes pedonais da cidade “de forma a que estas sejam mais seguras evitando assaltos que afirmam ser frequentes, com incidência ao final do dia”.
Em nota ao PressMinho/OVilaverdense/OAmarense, aquele movimento cívico dá voz a uma denúncia que recebeu de um cidadão que assistiu a um “comportamento suspeito” na ponte pedonal que liga a rua D. Pedro V à rua Nova de Santa Cruz e atravessa a av. Padre Júlio Fragata: “ por volta das 19h00 um indivíduo encontrava-se no tabuleiro inicial da ponte do lado da rua D. Pedro V a aguardar que a ponte estivesse somente com uma pessoa a efectuar a travessia para proceder a possível assalto, como é frequente”.
Segundo o movimento, o cidadão, que já “tinha quase sido vítima e testemunha de um assalto no local”, alertou a Polícia Municipal para a situação.
“Pela descrição os assaltos são feitos ao final do dia, quando há menos pessoas a passar em simultâneo, e por norma o assaltante vai em sentido contrário à vítima, rouba a mala e foge na direção do bairro das Enguardas, onde dificilmente é apanhado”, conta ao Braga para Todos.
O cidadão, acrescenta o movimento, “confidenciou que não foi ainda vítima por conhecer o modus operandi daquele estilo de assalto e ao visualizar hoje [quarta-feira] o comportamento do suspeito não atravessou, dirigindo-se até à rotunda”.
POLÍCIA NA RUA
O movimento pede a Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal, mais polícia na rua.
“Estamos a ser assolados por imensos assaltos. As pessoas quando cai a noite não se sentem seguras”, denuncia, acrescentando que a cidade “não era assim há 15 anos”.
“Hoje está muito mais perigosa, mal se vê polícia e isto dá segurança aos assaltantes que actuam há anos no mesmo local, da mesma forma e nada lhes acontece, [o que] é inadmissível. Hoje S. Victor não é seguro”, sublinha o movimento cívico
“A freguesia de S. Victor liga o maior shopping da cidade, local de vários empregos, a Universidade do Minho e várias residências ao centro e está cada vez menos segura”, alerta, assegurando que tem na sua posse “vários relatos de pessoas que já não andam no ginásio do shopping porque depois têm medo em voltar para casa após as 19h00”, sobretudo por causa da insegurança naquela ponte pedonal.
Conta ainda que um membro do grupo presenciou um assalto a uma jovem na mesma zona.
Para o Braga para Todos “não chega” a Polícia dizer que vai patrulhar a zona.
“[A Polícia] tem que estar ali mais vezes e tem que existir vídeo-vigilância na ponte, porque é visível que as mulheres que passam a ponte sozinhas; esperam, muitas vezes, que venha alguém que lhes pareça confiável para subir, ou então vão dar a volta, que é um grande desvio”.
O movimento acredita que “mais polícia numa zona de grande fluxo de pessoas a pé e as câmaras no início dos tabuleiros e no centro iriam afastar assaltantes e permitir às pessoas usar o espaço público de forma segura”.
“As câmaras nos tabuleiros iniciais e no centro da ponte iam dar segurança a quem passa ali sozinho, a mulheres que por causa das bolsas são o alvo principal e a todos em geral, que estão condicionados a andar a pé ou de bicicleta por falta de segurança. Não se trata aqui de privacidade, mas segurança”, frisa.
“O Braga para Todos além de agradecer a denúncia, pede a todos que vejam pessoas suspeitas em pontes pedonais ou em outros locais que liguem sempre às autoridades, porque desta forma podem evitar mais vítimas”, conclui a nota.