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Arcos de Valdevez reivindica redução das portagens na A3

A Câmara de Arcos de Valdevez aprovou, por unanimidade, uma proposta a defender a redução das portagens na auto-estrada 3 (A3), entre Braga e Valença, por considerar ser a “única” que serve o interior do Alto Minho.

Em comunicado enviado esta terça-feira às redacções, a autarquia explicou que a proposta, apresentada pelo presidente social-democrata João Manuel Esteves, vai ser enviada “para as várias entidades responsáveis”, e que a posição assumida pelo executivo municipal surge na sequência da proposta de Orçamento de Estado (OE) para o próximo ano, “em fase de aprovação”.

Ao defender a redução do valor das portagens cobradas naquela auto-estrada, a autarquia disse “estar a contribuir para o aumento da competitividade da região e melhoria da qualidade de vida da população”.

“Os cortes nas auto-estradas que servem sobretudo territórios do interior e de baixa densidade só poderão ser implementados no próximo ano, estando o Governo a preparar a introdução de descontos em oito auto-estradas, entre as quais a A28 (Porto-Viana). Considerando que a auto-estrada A3 é a única auto-estrada que serve o interior do Alto Minho, é da máxima e inteira justiça que, tal como noutras vias do interior do país onde está prevista a redução da portagem, esta venha a ter o valor da sua portagem reduzido”, refere a nota.

No documento, o município destaca que a “A3 é a principal estrada de cariz superior de ligação dos concelhos do interior do Alto Minho à região e ao país em termos internacionais, e é importante para a mobilidade das pessoas, das empresas, da diáspora e para a relação transfronteiriça com Espanha”.

“Ao mesmo tempo é muito relevante para a promoção e divulgação das potencialidades do território, para a localização industrial e o turismo e para a atracção de investimento para a região. Com a redução dos custos das portagens os territórios do interior do Alto Minho ganharão uma maior competitividade e atractividade, potenciando a atracção de empresas, a criação de emprego e rendimento, bem como a fixação, regresso e atracção de pessoas”, sustenta.

VIA FUNDAMENTAL

Na segunda-feira, também a comissão política distrital do PSD de Viana do Castelo lamentou “o adiamento da redução do valor das portagens em várias auto-estradas do país, nas quais estava incluída a A28, e o facto de a A3 continuar “fora do pacote anunciado pelo Governo”.

“Espera-se que haja alguma justiça e que a A3 que liga o Porto a Valença – com ligação à fronteira com Espanha – beneficie também deste pacote de reduções. O Alto Minho foi seriamente afectado com o confinamento da covid-19, tendo visto as fronteiras com Espanha a serem encerradas com consequências económicas gravíssimas para a região. O Governo tem de ter isto em conta e proporcionar o necessário apoio”, alertou o presidente daquela estrutura social-democrata, Olegário Gonçalves.

Para o líder da distrital, trata-se de “uma via fundamental na mobilidade e ligações do Alto Minho interior, pois é a única que serve esta zona da região, a qual tem as mesmas dificuldades que outras do país e que serão abrangidas com o benefício dos descontos”.

“Sendo o interior do Alto Minho uma área que necessita de incentivos ao seu desenvolvimento para ganhar maior competitividade e atractividade, a redução do valor das portagens seria um mecanismo que potenciaria a instalação de empresas e criação de emprego com a resultante fixação de pessoas numa zona que tem vindo a registar uma perda de população”, frisou Olegário Gonçalves, que é também vereador do executivo de maioria PSD na Câmara de Arcos de Valdevez.

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