A partir do próximo sábado, 17 de Outubro, e até 27 de Novembro, a Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela acolhe a XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde. Com 78 obras em exposição – sendo três delas trabalhos resultantes do projecto “A Bienal na Escola 2018/2019” – a edição deste ano conta com a participação de 52 artistas de diversas nacionalidades. Na manhã desta quarta-feria, foi conhecido o programa alargado do evento em conferência de imprensa.
O coordenador artístico da Bienal, Luís Coquenão, notou que na presente edição «quase se duplicou a aceitação de trabalhos. Foi um risco, para que todos coubessem no espaço, mas conseguimos. Esta ideia de todas as tendências artísticas terem de ser vistas é plural, tal como é plural a noção, percepção e ideia do que é ou não Arte. Não fui só eu a decidir, mas sim um todo, havendo por isso equilíbrio na avaliação, através do contacto de várias gerações».
«MÊS CULTURAL»
Para Luís Coquenão, «o que vai acontecer entre Outubro e Novembro em Vila Verde será quase como um mês cultural», referindo-se, assim a todo o programa criado em torno do evento.
Uma residência artística da brasileira Mónica Mindelis – em que a artista, «bebendo da tradição», irá criar uma obra contemporânea – uma conferência em parceria com o Instituto Politécnico do Porto e ainda um ciclo de conferências onde se destaca a apresentação do plano nacional de artes pelo seu curador – na qual será assinado um protocolo entre a câmara e esta estrutura – são alguns dos exemplos.
«A BIENAL TEM VINDO A CUMPRIR A MISSÃO PARA A QUAL FOI CRIADA»
A Vereadora da Cultura do Município de Vila Verde, Júlia Fernandes, sublinhou na conferência de apresentação que «desde 1999 que a Bienal tem vindo a cumprir a missão para a qual foi criada, de promover e projectar jovens talentos e assim servir de rampa de lançamento para que estes possam seguir uma carreira artística».
Relativamente aos muitos participantes que este ano fizeram chegar as suas obras, Júlia Fernandes afirmou que a presente edição é «provavelmente» a «mais internacional de sempre», com a participação de pessoas de várias nacionalidades. «Só demonstra que está a chegar cada vez mais longe e a cumprir também a sua missão de internacionalização», disse.
Face aos tempos que se vivem e a necessidade de adaptar o evento, a Vereadora apontou que «a Bienal tem feito o seu caminho. Mesmo neste clima, num contexto não tão favorável, foi possível reinventá-la e adaptá-la aos tempos que correm».
«PROJECTAR O CONCELHO ALÉM FRONTEIRAS»
Também o Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, esteve presente na sessão de apresentação, tendo igualmente tocado na necessidade de adaptação do evento.
«A situação actual é bem diferente da de anos anteriores, tendo sido necessário gerir a iniciativa com outra criatividade face à situação em que vivemos. Apesar de menor participação presencial, haverá mais exposição digital», explicou.
O autarca referiu ainda que a Bienal «continua a ter o nível de participação elevado de jovens artistas. Este ano continuamos a ter obras de grande qualidade e de áreas diversas. Apraz-me também registar o facto de Vila Verde continuar a desenvolver esta iniciativa como uma forma de projectar o Concelho além fronteiras, dando uma oportunidade aos jovens que querem seguir o mundo das artes e mostrar o seu talento, algo que sempre se mostrou como o objectivo desta Bienal».
CONCURSO
Foram apresentados a concurso 119 projectos, de 78 concorrentes nacionais e internacionais, entre os quais Brasil, Espanha, Colômbia e Angola. Dos trabalhos apresentados foram seleccionadas 78 obras de diversas modalidades artísticas, sendo que três delas resultam da iniciativa “Bienal na Escola”.
BIENAL
A Bienal é promovida pelo Município de Vila Verde, em colaboração com a D’Arte e a Biblioteca Municipal, contando ainda com o apoio do IPDJ, da Casa do Conhecimento e o patrocínio do BPI.
PREMIADOS
O primeiro prémio em “ex-aequo” foi para “Pedras No Sapato”, da autoria de Pedro Cunha e “Baía Mar”, de Bruno Grilo. O segundo prémio ficou para Juliana Julieta, através da obra “O Sonho de Ontem”. Quanto ao prémio revelação foi arrecadado por Mário Diogo, com a instalação de vídeo “Quem Sou Eu e Nós?”. Houve, também, três menções honrosas, as quais, “RGB” de João Sousa Dias, “Máscara I” de Diogo Nogueira e “Feel Like Home” de Rafael Oliveira.
PARA VISITAR
Para visitar a exposição da XI Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde deve proceder ao agendamento prévio com 48h de antecedência, através do contacto 253 323 600, com horários disponíveis de 2ª a 6ª, das 9h30 às 13h e das 14h30 às 18h30. Aos sábados, o horários é das 15h às 18h. A visita está ainda sujeita à limitação do número de pessoas, de acordo com as orientações da DGS. Por último, e em casos e pretender uma visita guiada, o processo de agendamento é o mesmo, sendo que estas decorrem somente às 3ª e 5ª, com um limite de 4 a 10 pessoas no total.