O teste para a covid-19 à chegada aos aeroportos da Madeira passa a ser efectuado também aos viajantes que se ausentarem da região por menos de 72 horas, indicou esta terça-feira o presidente do Governo Regional.
“Temos de tomar medidas redobradas de segurança, medidas de prevenção e profiláticas, no sentido de evitar focos de infecção local”, disse Miguel Albuquerque, à margem de uma visita à ECAM – Empresa de Consultoria e Assessoria Empresarial, no Funchal.
A apresentação de teste negativo ou a sua realização obrigatória à chegada aos portos e aeroportos da Madeira e Porto Santo entrou em vigor em 1 de Agosto, mas excluía os viajantes que se tivessem ausentado da região por um período inferior ou igual a 72 horas.
“Agora não há excepções. Podem sair da Madeira e estar cinco horas no continente, quando chegam cá, todos são testados”, declarou Miguel Albuquerque, esclarecendo que a medida será aprovada na quinta-feira no conselho do governo regional, e entra logo em vigor.
O chefe do executivo, de coligação PSD/CDS-PP, justifica a medida com a subida acentuada do número de infecções na Europa e no país.
“Os testes têm custos, mas é muito mais barato investir nos testes do que termos um fluxo pandémico com dezenas ou centenas de pessoas infectadas, com custos assoberbantes para o sistema regional de saúde”, declarou, vincando que se trata de um “investimento na saúde pública e na segurança de todos”.
O Governo Regional da Madeira já gastou cerca de 10 milhões de euros na realização de testes ao covid-19.
No contexto da operação de rastreio de viajantes, há a reportar 88.224 colheitas realizadas até segunda-feira e, no total da região autónoma, o Laboratório de Patologia Clínica do Serviço de Saúde da Madeira já processou 137.021 testes.
De acordo com o Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE), o arquipélago regista 106 casos activos de covid-19, dos quais 97 são importados e nove de transmissão local, num total de 334 confirmados desde 16 de Março.