O procurador do Ministério Público pediu esta segunda-feira, no Tribunal de Braga, nas alegações finais, uma pena de prisão efectiva para cinco dos 12 arguidos julgados sob a acusação de venderem estupefacientes na cidade.
Os cinco arguidos fazem parte de um grupo de sete que estão em prisão preventiva. Quanto aos outros dois, o magistrado pediu a absolvição de um e a condenação a pena suspensa de outro arguido – defendido pelo advogado João Ferreira Araújo.
Para os restantes cinco foi, também, solicitada a aplicação, pelo colectivo de juízes, de uma pena inferior a cinco anos, logo susceptível de ser suspensa.
O julgamento decorreu no Centro Cívico de Palmeira, por razões de segurança sanitária.
A acusação diz que traficavam estupefacientes nas zonas de Maximinos e de Ferreiros, mormente junto a cafés e pastelarias, junto à Escola Frei Caetano Brandão, ao pavilhão desportivo de Ferreiros, ao estacionamento do hipermercado L.Eclerc, no Parque Radical ou perto da loja dos CTT e da estação de comboios.
Recorriam ainda, de noite, às gasolineiras da Repsol, da BP, ao parque do Continente e às zonas de Gualtar e de Gondizalves. Iam, também, ao bairro das Parretas e estendiam-se a Martim e Pousa, em Barcelos.
Para além dos telemóveis, usavam as redes sociais, o Messenger, Instagram, WhatsApp, Snpachat e Telegram.
A acusação diz que vendiam cannabis (resina), heroína, cocaína e MDMA (ecstasy) para consumo ou revenda.
O MP aponta dois arguidos, em cada caso, como os fundadores de redes que se expandiram.
Ao todo, a investigação detectou mais de 500 vendas – por cinco a 10 euros, em regra, mas, que podiam chegar aos 80 no caso de “barras”.