O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre a carta enviada pelo Conselho de Administração do Hospital de Braga a 86 enfermeiros, comunicando-lhes que os seus contratos irão caducar caso não obtenham autorização expressa para alteração do vínculo para sem termo.
O Bloco – disse fonte partidária – defende a contratação destes profissionais de forma definitiva e permanente.
No documento entregue na Assembleia da República, os deputados Moisés Ferreira, Alexandra Vieira e José Maria Cardoso afirmam que “numa altura em que o país vive um agudizar da pandemia, estes são profissionais ainda mais imprescindíveis”.
“Estes enfermeiros estiveram na primeira fase da pandemia, tendo adquirido experiência e reforçado a resposta do Serviço Nacional de Saúde e, por isso, e por outras questões óbvias, não merecem ser descartados”, sublinham.
Os parlamentares salientam que “a resposta deve ser a integração destes profissionais nos quadros do Hospital de Braga para que este possa ser capaz de responder à população e garantir a motivação destes profissionais no SNS”, uma vez que “o SNS precisa de recursos para continuar a responder à epidemia e para responder a tudo o que não pode ficar por responder: as situações não-Covid, a actividade programada que deve continuar e a actividade suspensa que deve ser retomada”.
Exortam, ainda, o Governo “a contratar, de forma definitiva e permanente, os 86 enfermeiros do Hospital de Braga que correm o risco de serem descartados”; “a contratar também de forma definitiva e permanente todos os profissionais colocados no SNS com contratos precários de 4 meses e a continuar o recrutamento de outros profissionais”.
“Não é com precariedade nem com falta de recursos que se conseguirá uma resposta na área da saúde que satisfaça as necessidades da população”, concluem.