Uma nova ‘Praça’ que resulta da requalificação integral do Mercado Municipal de Braga abriu as portas este sábado, após um investimento de 6 milhões de euros, além de mais 500 mil em equipamentos.
O novo mercado, “um dos projectos prioritário” para a cidade, reúne as novas exigências destes espaços comerciais, aliando uma maior funcionalidade à atractividade.
“A intervenção a que o mercado foi sujeito teve o condão de valorizar um espaço utilizado por milhares de bracarenses, trazendo melhores condições para os comerciantes numa perspectiva de modernidade, higiene e segurança, compatíveis com as exigências actuais de uma cidade como Braga”, afirmou Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal, durante a inauguração do equipamento.
Segundo o autarca, este foi, também, um “investimento estratégico” para a regeneração urbana da cidade e que “resultou num projecto único e transformador de toda a zona envolvente”.
“Restabelecemos a relação intrínseca entre a cidade e o Mercado, melhoramos as condições de funcionalidade, reestruturamos a circulação automóvel e a rede viária em torno do equipamento, de forma a beneficiar a logística e a mobilidade dos utilizadores”, referiu, salientando que se transformou “uma estrutura insuficiente e pouco adaptada ao nosso quotidiano, para dar lugar a uma Praça adequada à vida moderna, reaproveitando todas as suas potencialidades como espaço indispensável na vida da cidade”.
NOVAS VALÊNCIAS
A nova ‘Praça’ continua a servir o propósito do mercado municipal, mas modernizada de forma a responder às exigências de segurança, higiene e saúde em vigor, e às actuais dinâmicas de negócio.
O equipamento conta com quatro padarias, 15 talhos (dois deles duplos), quatro espaços dedicados à charcutaria, bancadas para a peixaria, 215 metros quadrados reservados a produtores, 12 lojas interiores e duas exteriores de venda de produtos diferenciados, quiosques para refeições, um restaurante com cozinha autónoma, zona técnica para os talhos e lojas equipada com arcas frigoríficas, vestiários e casas de banho, bem como quatro salas polivalentes para a realização de formações, workshops, ‘showcookings’ e apresentação de produtos e um armazém para deixar as compras e as recolher posteriormente.
“Quisemos trazer novas valências para o Mercado, de forma a valorizar o equipamento e atrair novos públicos. Tivemos em consideração as alterações dos hábitos de compra dos consumidores, o que nos obrigou a adaptar o funcionamento do mercado tradicional às novas necessidades de procura, não apenas para fidelizar clientes, mas também para captar novos segmentos de população”, sublinhou Olga Pereira, vereadora com a responsabilidade de gerir os equipamentos municipais.
A vereadora lembrou ainda que o Executivo Municipal não investiu apenas na requalificação do edifício da Praça, “mas também na manutenção de toda a actividade comercial através do mercado provisório, que permitiu que não se extinguissem os operadores e os hábitos de comprar no Mercado Municipal”.
ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇOS
A nível de organização do espaço e distribuição de usos, a ‘Praça’ é totalmente coberta e compreende toda a área comercial acessível ao público. A ala Nascente dedica-se ao novo uso de restauração e comércio de produtos gourmet, enquanto a ala Sul continua a ter o seu piso 0 dedicado aos talhos, passando o piso inferior a usar-se para fins logísticos de cargas e descargas e foi criado um piso superior com quatro salas polivalentes.
A ala Poente mantém o seu uso de talho no piso 0 e peixaria no piso inferior, reorganizando-se com o mínimo de alterações possível o restante piso inferior e criando-se um túnel de acesso à praça para cargas e descargas.