A Comissão Política do CDS-PP de Braga destaca a acção desenvolvida pela organização humanitária Habitat for Humanity Portugal, a quem se deve a construção de uma centena de casas para famílias carenciadas de todo o distrito.
No final da visita que efectuou à organização, Altino Bessa, presidente da Concelhia bracarense, afirmou que a “questão solidária foi sempre encarada como primordial, no entanto, dadas as actuais circunstâncias, impõe-se como objectivo superior”.
Para Bessa, cabe aos actores políticos “o despertar de atenção para questões fracturantes na sociedade através do acto empírico”, sendo que “é com esta pretensão bem assente que temos [no CDS-PP] tentado demonstrar, que para eliminar fracturas sociais é imperativo conhecer bem o território e agir de acordo com as necessidades que este nos apresenta”, fracturas essa em que o concelho “não é excepção”.
Segundo o também vereador da Câmara de Braga, entre as várias associações sociais que se “mantém operacionais na resposta diária a tantos que se deparam com a falta de bens primários”, a Habitat for Humanity Portugal é “exemplo desta perseverança humanitária”.
O centrista salienta que nos “três meses críticos de confinamento” a organização não interrompeu a sua actividade “assumindo como prioritárias as famílias que aguardam o apoio da equipa da associação”, mantendo-se “persistente” no “trabalho diário de pôr termo à pobreza habitacional em Portugal”.
“Numa época de grandes esforços para as empresas em Portugal e no mundo, a Habitat Portugal é apontada como um exemplo na sua capacidade de gestão, mantendo a sua actividade em pleno, não tendo despedido nenhum colaborador, nem recorrido ao regime de lay-off, apesar de ter perdido todos os apoios provenientes dos voluntários internacionais que foram impedidos de participar”, sublinhou.
“DESPERTAR PARA A REALIDADE”
Altino Bessa elogiou ainda “o apoio fundamental a inúmeras famílias” do distrito de Braga. “A habitação é parte integrante para uma família e, infelizmente, como bem sabemos, nem todos têm estabilidade para suportar as despesas associadas à aquisição de habitação própria”, referiu.
“O facto de a Habitat permitir que as famílias adquiram casa a prestações calculadas de acordo com os seus rendimentos, é, em larga medida, a ‘salvação’ de muitas famílias do distrito”, sublinhou, apelando à comunidade em geral “o despertar para esta realidade” através de apoios que assegurem “o sucesso da actuação desta retaguarda humanitária que se mostra já preponderante no combate à pobreza no nosso território”.
Os centristas doaram bens essenciais, nomeadamente livros e utensílios de cozinha para as famílias beneficiárias do projecto.