A Ministra da Coesão Territorial anunciou esta sexta-feira, em Vila Verde, que será feito um reforço das verbas destinadas ao apoio de projectos submetidos ao programa +CO3SO Emprego.
Classificando a medida como «um instrumento muito importante na estratégia de valorizar o trabalho qualificado», Ana Abrunhosa explicou que «existiu uma procura muito grande» e que agora é necessário avaliar «se a essa quantidade corresponde qualidade».
«A indicação que os grupos de acção local e as comissões de coordenação e desenvolvimento regional têm é de não deixar para trás uma candidatura que tenha mérito», afirmou a governante, em declarações aos jornalistas, à margem de uma cerimónia em Vila Verde.
Segundo a Ministra, até ao momento já foram analisadas cerca de 40% das candidaturas recebidas, tendo sido aprovado um total de 70 milhões de euros, «que levarão à criação de 1.220 postos de trabalho».
«Abrimos a medida com 90 milhões de euros e com o objectivo de criar 1.600 postos de trabalho. Ainda nos falta concluir a análise de um conjunto grande de candidaturas, pelo que vamos ultrapassar esses objectivos. Só o poderemos fazer reforçando a dotação inicial», referiu.
Ana Abrunhosa acrescentou que o Governo espera concluir a análise das restantes candidaturas até ao final deste mês de Janeiro. «Após isso, espero fazer um balanço muito positivo e que permita concluir que não deixámos para trás candidaturas de mérito», reiterou.
APELO DE MOTA ALVES
No território do Cávado, o programa +CO3SO Emprego é gerido pela ATAHCA – Associação das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, sediada em Vila Verde, que já assumira publicamente a necessidade de ver o programa ser reforçado em termos financeiros.
O líder da associação, José da Mota Alves, aproveitou a presença da Ministra da Coesão Territorial em Vila Verde para reiterar esse pedido, que considera uma necessidade tendo em conta o elevado número de candidaturas recebidas.
Segundo Mota Alves, se forem aprovadas todas as candidaturas com mérito, será necessário um reforço de quase sete milhões de euros, que permitirão a criação de 173 novos postos de trabalho, só no território do Cávado (Terras de Bouro, Amares, Vila Verde, Braga, Barcelos e Esposende).
«A procura excedeu muito as previsões devido ao trabalho efectuado no território através de sessões de informação e esclarecimento realizadas em cada um dos concelhos», sublinhou.