A depressão Filomena parou a capital espanhola. Aeroportos fechados, estradas cortadas, transportes parados e temperaturas a passar os 35 graus negativos. Madrid está a assistir ao maior nevão dos últimos 50 anos.
Numa altura em que Espanha ultrapassou os dois milhões de pessoas infectadas com coronavírus, este nevão poderia ser uma ajuda a manter os espanhóis em casa. Mas o efeito está a ser totalmente o contrário. São centenas de pessoas a saírem à rua para aproveitar a neve.
“Apesar das condições meteorológicas extremamente difíceis, o número de incidentes é relativamente limitado, mas mesmo assim lamentamos a morte de três pessoas”, disse Fernando Grande-Marlaska, numa conferência de imprensa em que não foram fornecidos detalhes sobre estes óbitos.
Desde 1971 que não se registavam em Espanha tempestades de neve desta dimensão, que colocaram hoje cinco regiões em alerta vermelho, refere a agência de notícias France Presse.
O presidente da Câmara de Madrid já pediu ajuda ao Governo central, nomeadamente “recursos humanos e materiais” para conseguir dar resposta à tempestade.
Segundo o autarca José Luis Martínez-Almeida, a cidade poderá ficar numa situação “muito complicada” na próxima semana devido à esperada “queda drástica” das temperaturas.
A acumulação de neve em Madrid foi três vezes superior ao esperado, atingindo uma espessura entre 50 e 60 centímetros na capital.
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