Falta de resguardos para o frio e marcações de distanciamento social são algumas das críticas que se ouvem na Altice Forum Braga, local escolhido pelo município para o voto antecipado nas Presidenciais.
O final da manhã deste domingo foi o período do dia escolhido por muitos dos 6 mil inscritos exercerem o seu direito ao voto, o que provocou filas de acesso às mesas de dezenas de metros e tempos de espera entre 20 e 30 minutos.
A extensão das filas motivou muitas criticas, mas foi sobretudo o desrespeito de alguns eleitores do distanciamento social que liderou os protestos.
Há quem aponte a falta de entradas para as 11 mesas de voto para pessoas com mobilidade reduzida, o que não corresponde à verdade. Basta perguntar aos seguranças ou aos elementos do Secretariado para o eleitor nesta situação ser encaminhado para os elevadores de acesso ao piso onde estão localizadas as diferentes secções de voto.
A percepção é que o período da manhã, ensolarado e com uma temperatura a rondar os 10/11 graus Celsius, foi o escolhido pelo eleitor mais jovem.
Contudo, fonte do Secretariado adiantou ao PressMinho, que a afluência foi “bastante significativa” em “todas as faixas etárias”.
Para votar em Braga, estão inscritos 5.972 eleitores, dos quais 4.513 são do concelho (75%).
Para Ricardo Rio, presidente da autarquia, a resposta da cidade ao voto antecipado foi “bastante positiva”.
246.880 INSCRITOS
No país, 246.880 pessoas pediram o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro, quatro vezes mais do que para as legislativas de 2019.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de Janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de Janeiro.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
Fotos: PressMinho