Último domingo do ano, pouco passa das onze e meia da manhã. Os termómetros indicam quatro graus. Não chove, mas as nuvens carregadas indiciam que não deverá faltar muito até que as pingas de chuva se juntem à neblina que se faz sentir e que adensa a sensação de frio. Sorridente e bem-disposto, cumprimentando com um bem audível “bom dia” as poucas pessoas por quem se cruza, chega António Silva, que todos conhecem como “Mouzinho”, de toalha debaixo do braço. Sente a brisa na cara e abeira-se da margem do rio, com o termómetro dourado, que sempre o acompanha, para medir a temperatura. «A água está a dez graus. É o normal nesta altura, mais coisa, menos coisa. É o dobro do que está cá fora, por isso não restam dúvidas de onde se está melhor», diz.
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