O Colégio Luso Internacional de Braga (CLIB) lamenta o fecho tardio das escolas mas repudia a proibição do ensino online determinado pelo Governo, que considera inconstitucional.
Lamentando o fecho “tardio” dos estabelecimentos escolares, Helena Pina Vaz, directora do colégio, “repudia” a decisão de António Costa de cancelar temporariamente o ensino online, ao contrário do que sucedeu no primeiro confinamento.
“Repudiamos a solução encontrada que, se não fosse absurda, primava por ser original”, diz.
“Não entendemos como pode o governo entender proibir o ensino online, dado que estas medidas são para protecção da saúde pública e aulas online não a põe em risco”, afirma, questionando “a veleidade” de se pretender “controlar quem está de férias, ou em final de dia, ou no fim de semana e pretende aprender e alguém que está generosamente disposto para ajudar a fazer acontecer a aprendizagem”.
A directora do CLIB diz que foi com “espanto” que ouviu o ministro Tiago Brandão Rodrigues, titular da pasta da Educação, dizer que “esta interrupção lectiva é para todos”, considerando “inaceitável” a “sugestão de que o ensino privado está a “espreitar sempre a excepção, o que tem causado tantos problemas em termos sociais””.
“DESVARIOS”
“É inconstitucional impedir de ensinar e impedir de aprender, contraria um direito fundamental”, atira Helena Pina Vaz.
“Os professores estão todos mais do que aptos, no público e no privado, para aulas online e, por isso, hoje, também se poderiam ter adaptado todos”, defende.
“Não alinhamos em desvarios, nem iremos controlar o que os alunos farão em sessões online com os seus professores. Desejamos que sejam muito produtivas academicamente, assim como bem potenciadoras de crescimento pessoal, pelo bom equilíbrio dos alunos neste momento tão difícil das suas jovens vidas”, afirma Helena Pina Vaz.
Lembra que o colégio, que suspendeu esta sexta-feira o ensino presencial, é a única escola internacional em Braga, “com um currículo e metodologias que visam a excelência na preparação académica”, e assegura que, enquanto escola internacional, “tem um calendário internacional para cumprir baseado no momento dos exames e as aprendizagens dos seus alunos não vão ser comprometidas”.