BRAGA

BRAGA -

Sindicato dos Bombeiros acusa Câmara de Braga de dever dinheiro aos sapadores e põe processo em tribunal

O Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) interpôs, há dias, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga uma acção administrativa contra a Câmara de Braga na qual exige o pagamento, alegadamente em atraso, de “trabalho em dia feriado, trabalho extraordinário não-pago e trabalho extraordinário em dívida feito aquando de uma greve ocorrida em Dezembro de 2018”.

“Lamentamos que o Município não nos tenha dado alternativa, obrigando-nos a recorrer aos tribunais, pois nunca tentou dialogar no sentido de resolver as injustiças que afectam todos os Sapadores de Braga”, diz o organismo sindical, em comunicado publicado nas redes sociais, no qual afirma que “as injustiças nos Sapadores nunca foram resolvidas”.

O Sindicato não adianta qual o valor que alegadamente é devido aos bombeiros sapadores.

O Vilaverdense/PressMinho não conseguiu até ao momento contactar o vereador da Protecção Civil, Altino Bessa.

Recorde-se que, conforme há dias noticiámos, a maioria PSD/CDS na Câmara de Braga aprovou, na última reunião do executivo, com três votos contra do PS e a abstenção da CDU, o teor de quatro processos disciplinares movidos pelo Comando dos Bombeiros Sapadores a quatro profissionais, que culminou com a sua suspensão por dez dias.

O motivo da sanção não foi divulgado, dada a necessidade de confidencialidade, mas sabe-se que se deveu ao facto de se terem atrasado na desinfecção de duas ambulâncias que regressaram de serviço. Os bombeiros terão ido almoçar e só depois é que foram desinfectar as viaturas. 50 minutos ao todo.

Nesse entretanto, o CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes do distrito ligou duas vezes a pedir uma ambulância, mas o pedido foi rejeitado dado que as viaturas não estavam operacionais.

“Primeiro está o socorro e só depois o almoço. Pode estar a vida de alguém em causa”, disse fonte ligada ao processo.

Na reunião do executivo, o vereador Altino Bessa, que tutela o pelouro da Protecção Civil, disse que o processo disciplinar partiu de um chefe de serviço e foi proposta pelo Comando, tendo sido instruído pelos serviços jurídicos municipais.

Garantiu que nada teve a ver com o caso, que foi da iniciativa do Comando, e instruído, com audição de todas as partes, pelo Departamento Jurídico da autarquia, tendo a proposta de suspensão partido do relator.

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE