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Reitor da UMinho reconhece “efeitos negativos” do ensino à distância

O reitor da Universidade do Minho (UMinho), Rui Vieira de Castro, reconheceu esta quarta-feira os “efeitos negativos” do ensino à distância, sublinhando que a educação superior requer experiências que só a vivência dos campi universitários pode assegurar”.

Falando na sessão comemorativa dos 47 anos da UMinho, que decorreu em formato online, Rui Vieira de Castro afirmou que um dos desafios imediatos da academia é retomar a sua actividade no regime presencial.

“A experiência dos últimos meses teve impacto indiscutível sobre os modos de a universidade se organizar e actuar. A transição digital vai afectar, muito mais depressa do que imaginaríamos há um ano, o funcionamento das universidades. O debate em torno do papel da educação não presencial vai acentuar-se. A este propósito, a posição da UMinho é clara: da educação superior sempre tivemos o entendimento de que, nos seus objectivos e conteúdos, ela requer experiências que só a vivência dos campi universitários pode assegurar”, referiu.

No dia 10 de Março de 2020, a UMinho suspendeu a sua actividade presencial, por causa da pandemia de covid-19, mantendo o ensino à distância até ao final do ano lectivo.

“Foi a mais difícil decisão que me coube enquanto reitor”, admitiu Rui Vieira de Castro.

O actual ano lectivo foi programado para um regime misto, mas em Janeiro a universidade voltou a ter de fechar portas, face ao agravamento do quadro pandémico a nível nacional.

“Claro que nunca deixámos de ter consciência, nesta ocasião como antes, dos efeitos negativos desta decisão para os processos de aprendizagem e de avaliação e de investigação que estavam em curso. Impôs-se-nos, porém, a necessidade de responder sem ambiguidades à gravidade da situação que vivíamos”, frisou o reitor.

Sublinhou, no entanto, que a universidade soube reinventar-se e adaptar-se às novas circunstâncias, tendo conseguido o seu melhor resultado de sempre no concurso nacional de acesso ao ensino superior para o ano lectivo 2020-21.

19.600 ALUNOS

A UMinho colocou 3.155 vagas no concurso, mais 240 do que no ano anterior, tendo preenchido 98,4% das vagas na 1.ª fase.

Em 95% dos cursos oferecidos, a classificação do último candidato admitido foi superior à do ano transacto.

No final de 2020, a UMinho tinha inscritos cerca de 19.600 estudantes de grau, entre os quais cerca de 2.300 estrangeiros.

Estes estudantes frequentavam 41 licenciaturas, 16 mestrados integrados, 104 mestrados e 58 doutoramentos.

Em 2020, a UMinho graduou cerca de 4.400 estudantes, 1.900 dos quais com o grau de mestre ou doutor.

No mesmo ano, a universidade teve aprovados 112 novos projectos de investigação, dos quais 15 projectos europeus e 37 projectos internacionais, 34 projectos no âmbito do PT2020 e 26 outros projectos nacionais.

A estes projectos correspondeu um financiamento global de 36,7 milhões de euros.

A universidade tem hoje em curso cerca de 650 projectos, no valor de cerca de 150 milhões de euros.

Estes projectos são desenvolvidos por um corpo de docentes e investigadores, que inclui cerca de 380 investigadores contratados, 550 bolseiros e 480 bolseiros de doutoramento.

No final do ano, a universidade tinha cerca de 2.400 trabalhadores, entre os quais 1.300 docentes, 370 investigadores e 720 trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão.

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