O Eixo Atlântico manifesta a sua satisfação pela conclusão de todos os testes necessários para se colocar em funcionamento a electrificação do troço ferroviário Guillarei-Tui, na província galega de Pontevedra, incluindo a circulação dos comboios electrificados em testes, conforme confirmou o administrador das Infra-estruturas Ferroviárias (Adif) ao Eixo Atlântico.
A isto soma-se a também a recente finalização da electrificação do troço português Viana do Castelo-Valença do Minho, que se encontra em período de testes e que que permite que este troço entre em funcionamento, previsivelmente, em Abril.
Em comunicado ao PressMinho/OVilaverdense/OAmarense, aquela entidade transfronteiriça, presidida por Ricardo Rio, presidente do município de Braga, expressa a sua satisfação pelo avanço da ligação ferroviária entre a Galiza e Portugal, uma medida que se insere na “reivindicação histórica” do Eixo para a ligação ferroviária da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, e que aguarda autorização da Agência Espanhola de Segurança Ferroviária para iniciarem o serviço.
Recorda, no entanto, ao Governo espanhol, para “a necessidade de viabilizar a saída sul ferroviária com a tramitação do troço Vigo-O Porriño para se conseguir ter tempos competitivos na ligação ferroviária entre A Coruña e Lisboa”
Para tal, refere o Eixo, “apenas é necessário licitar o estudo informativo preliminar, etapa inicial obrigatória para iniciar todo o processo de construção do novo troço até à fronteira que faz a ligação com a nova linha Fronteira-Porto, que já está a ser tratado pelo governo de Portugal, e cuja previsão é que esteja operacional antes de 2030”.
“Os avanços na ligação ferroviária entre a Galiza e o Norte de Portugal, para os quais o Eixo Atlântico trabalha há mais de uma década, são um sucesso para os cidadãos”, afirma o secretário-geral, Xoán Vázquez Mao.
“É uma boa notícia, mas lamentamos o atraso em Espanha para impulsionar a saída sul de Vigo”, refere aquele responsável.
O Eixo Atlântico, com 29 anos de existência, é o sistema urbano transfronteiriço mais antigo da Europa. Com as novas incorporações aprovadas este ano atinge a cifra de 39 sócios, com uma população de 7 milhões de habitantes entre a população directa e indirecta, sendo a terceira zona urbana da Península Ibérica (atrás de Madrid, Barcelona e Lisboa) e uma das dez primeiras na Europa.
A defesa das infra-estruturas de comunicação tem sido uma das constantes do Eixo nos últimos 25 anos, inicialmente centrada na linha Porto-Vigo, que posteriormente foi alargada ao eixo vertical Ferrol-A Coruña-Lisboa, e ao mapa ferroviário da Galiza que inclui a rota Ferrol-A Coruña-Lugo, Lugo-Ourense e a saída para França via O Barco de Valdeorras, que já está configurada pela UE como a rota galega do Corredor do Atlântico.
