A CIM- Comunidade Intermunicipal do Cávado entregou duas queixas-crimes no Ministério Público do Tribunal de Braga contra a empresa VerdeData, propriedade do vereador socialista vilaverdense José Morais.
Uma das queixas por acesso indevido ao sistema informático da CIM e outra por a empresa – que teve entre 2017 e 2019 contrato de prestação de serviços com a CIM – se ter recusado a entregar as “passwords” dos programas que tinha previamente instalados
No final do contrato, a CIM fez novo concurso para a área informática, a que concorreram três empresas. Nesse período, a VerdeData terá entrado no sistema informático, supostamente para tentar perceber quais as propostas dos outros candidatos.
Entretanto, o secretário-geral da CIM Rafael Amorim pediu à empresa Ecobite (especialista em redes de segurança) uma auditoria à acção da Verdedata.
A investigação interna veio a detectar que a empresa de José Morais terá instalado um programa, através do qual eram enviados todos os e-mails que chegavam à caixa do correio da CIM-Cávado e que cujo IP (endereço eletrónico) corresponde ao da Verdedata.
Ou seja, a CIM suspeita que a Verdedata estava a par de tudo o que se passava na Comunidade Intermunicipal e, em particular, das propostas dos outros concorrentes.
A queixa por intrusão informática sustenta que a Verdedata “lesou de forma relevante os interesses públicos que estão reservados por lei à CIM-Cávado”.
José Morais disse que desconhece “em absoluto” o processo e garante não ser arguido em nada: “parece configurar-se uma denúncia caluniosa com objectivos políticos”, afirma.
E acrescenta: “é curioso surgirem estas notícias três dias depois da condenação do Presidente da Câmara de Vila Verde, que é vice-presidente da CIM”.
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