O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, alertou esta segunda-feira para os riscos das “raspadinhas” e anunciou que promover um estudo sobre o impacto social deste jogo, que será feito por investigadores da Universidade do Minho.
Em declarações à Lusa, Assis disse que «o Governo deveria reponderar o lançamento de uma nova lotaria instantânea, que está prevista no Orçamento do Estado».
«Se eu tivesse responsabilidades governativas esperaria, no mínimo, pelo estudo que o CES vai promover», acrescentou.
O presidente do CES considera que se trata de «um problema social gravíssimo» e que não é aceitável pensar em financiar qualquer investimento à custa do empobrecimento de quem é viciado neste tipo de jogo.
Segundo o Orçamento do Estado para 2021, o Governo vai criar uma lotaria instantânea para financiar intervenções no património cultural do país.
Esta raspadinha está prevista nas principais medidas de política orçamental como Lotaria Instantânea do Património Cultural, com uma receita esperada de cinco milhões de euros.
«Temo que lançar mais uma raspadinha, embora a intenção seja boa, (…) vá contribuir para agravar este problema de adição que autodestrói pessoas dos sectores sociais mais desfavorecidos», entende Francisco Assis.