Os mais recentes dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostram que entre Março de 2020 e Fevereiro de 2021 perto de 93 mil pessoas inscreveram-se como desempregadas após terem sido despedidas, às quais se somam aproximadamente 308 mil, cujo trabalho não permanente chegou ao fim nos últimos 12 meses.
O agravamento da pandemia deixou “marcas” em Portugal, nomeadamente ao nível do emprego, e segundo os dados do IEFP, a precariedade (fim do trabalho não permanente) foi o motivo maior por trás das novas inscrições nos centros de emprego, seguindo-se os despedimentos.
A crise pandémica levou o Governo a impor restrições à mobilidade e às actividades económicas, algo que tem “castigado” os negócios e as contas das muitas empresas. Para evitar um agravamento do desemprego, o executivo liderado por António Costa elaborou um conjunto de apoios por forma a “salvar” os postos de trabalho, contudo, o desemprego agravou-se em 2020.
TRABALHO POR CONTA PRÓPRIA
O número de pessoas com trabalho por conta própria que se inscreveram no IEFP como desempregadas subiu aproximadamente 22% nos últimos 12 meses.
De realçar ainda que que estes números dizem respeito a desempregados que se inscreveram no IEFP, algo que pode ficar abaixo do número “real” de pessoas que efectivamente perderam o seu emprego.