O Plano de Acção para o desenvolvimento da produção biológica foi apresentado esta semana na Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu pelo Comissário da Agricultura, Janusz Wojciechowski.
Na sua intervenção, a eurodeputada portuguesa Isabel Carvalhais (PS) destacou como positivo “o reconhecimento da agricultura biológica como um componente importante do percurso da União Europeia rumo a sistemas alimentares mais sustentáveis”.
Considerou ainda que este plano não poderá deixar de “encontrar eco nas diferentes estratégias nacionais” de cada Estado Membro.
O objectivo geral deste plano que a Comissão Europeia lançou no dia 25 de Março é estimular o consumo e a produção de produtos biológicos, conjuntamente, permitindo que, até 2030, 25 % dos terrenos agrícolas na União Europeia estejam dedicados ao modo de produção biológico, bem como impulsionar substancialmente a aquicultura biológica.
Anunciado na Estratégia do Prado ao Prato e na Estratégia da Biodiversidade, este plano divide-se em três eixos de acção interligados, que reflectem a estrutura da cadeia de abastecimento alimentar e as ambições dos objectivo de sustentabilidade do Pacto Ecológico Europeu.
Isabel Carvalhais destacou que “os agricultores biológicos terão de receber uma compensação equitativa pelo seu trabalho, mais exigente, mas é necessário também cuidar que exista um acesso inclusivo à alimentação”.
Nesse sentido, a deputada salientou ainda a importância da inovação no encontrar de soluções e práticas mais eficazes do ponto de vista produtivo e ambiental, que permitam responder a estes múltiplos desafios podendo beneficiar simultaneamente a transição de outros sistemas de produção para práticas mais sustentáveis.