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CDU mostra ‘trunfos’ de “força alternativa” a “velhos hábitos de governação” para reforçar posição em Braga

A criação de respostas municipais à população sem-abrigo e a criação de parques de estacionamento na periferia da cidade são duas das propostas que a vereação da CDU viu incluídas no plano de actividades da Câmara de Braga para este ano. Estes são dois dos ‘trunfos’ com a coligação PCP/PEV conta para reforçar o seu eleitorado.

A estas duas iniciativas junta-se também a execução de um plano de arborização em meio urbano de forma a compensar o abate de árvores – “tantas vezes injustificados” -, que Bárbara Barros enumerou, entre outras, esta quarta-feira, na apresentação da sua candidatura à presidência da autarquia.

Partindo para a disputa autárquica com “especial orgulho” numa candidatura que se afirma como “força alternativa” e de ruptura com “velhos hábitos de governação”, a cabeça-de lista comunista aposta no reforço da presença da CDU, não só no Executivo municipal, onde tem um vereador, mas em “todos os órgãos autárquicos” do concelho.

Dando como exemplos de um exercício de cargos públicos de “incansável trabalho” e de “honestidade e competência”, a antiga presidente da Associação de estudantes da Escola Secundária Carlos Amarante, em Braga, aponta exemplos de contributos que permite os bracarense “estar hoje em melhores condições”, nomeadamente a “incansável batalha” para fazer descer a taxa do IMI, “proposta que insistimos desde 2013 e que, ainda que aquém  do valor que propusemos”, acolhido em 2020 em reunião de Executivo, dominada pela maioria PSD(CDS-PP/PPM.

Bárbara Barros menciona ainda a “terrivelmente injusta” aplicação do horário das 40 horas semanais aos trabalhadores do universo municipal – “imposição teimosa e ideológica” – , decisão que a maioria de direita inverteu, graças à “incansável luta” dos sindicatos e da “solidariedade da CDU”.

Embora Bárbara Barros, que substitui Carlos Almeida até ao final do mandato, considere que a Estratégia Cultural, aprovada em 2020l, “nos pareça acertada”, já a valorização dos equipamentos da culturais da cidade “não o têm sido”, acusadando Ricardo Rio, presidente da autarquia, de “falta de visão e aposta em novos equipamentos para criar mais respostas”.

“Foi assim com o edifício S. Geraldo, quando esta maioria esteve prestas a permitir a sua demolição, e que graças à resistência e insistência das forças vivas da cidade, entre elas a CDU, com uma permanente e consistente intervenção, quer no Executivo, quer na Assembleia Municipal, se conseguiu salvar”, recorda a comunista, licenciada em Ciência da Comunicação e pós-graduada em Crime, Diferença e Desigualdade pela Universidade do Minho.

A acção da CDU no caso da Fábrica Confiança, é outros destes ‘trunfos’, que, sublinha, se trata de “uma batalha que não terminou”.

“A maioria PSD/CDS/PPM insiste teimosamente em deixar o edifício ao abandono e sujeito a maior degradação, enquanto aguarda por nova oportunidade de o alienar, ao invés de encontrar soluções para a sua manutenção mais mediata e futura requalificação”, denuncia.

Bárbara Barros assegura que a CDU continuará a defender o edifício, “já que o património da cidade é dos bracarenses e é seu interesse que deve ser salvaguardado acima de qualquer encaixe de última hora”.

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