Já tem mais de 20 anos de trabalho (começou em 1998) o estudo deste caminho por parte de Càstor Pérez Casal, de Celanova e J. Ramón Estévez, de Ribadávia, historiadores e documentalistas, interessados sobremaneira na História Local.
O percurso foi designado “Caminho Minhoto Ribeiro”, porque é também um caminho dos peregrinos do Minho, cuja capital é Braga, guiado em parte pelo rio Minho, a partir de Monção e Melgaço.
De Padrenda, primeira localidade da fronteira galega, segue até Ribadávia. E com a propósito se pode denominar também “Ribeiro”, porque é precisamente o vinho denominado Ribeiro o elemento fundamental que dá sentido e características específicas a um percurso histórico que, a partir de Ribadávia era o do vinho para abastecer outras terras, entre elas Santiago.
O Caminho Minhoto Ribeiro prevê um trajecto comum de Braga até Ponte da Barca e dois a partir daqui:
1. Braga, Vila Verde, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Monção, Melgaço e, na fronteira, o lugar de Cevide, da freguesia de Cristóval, onde atravessa o rio Trancoso para Destris, do município galego de Padrenda, seguindo para Pontedeva, Cortegada, Arnoia, Castrelo de Miño, Ribadávia, Beade, Leiro, O Carballiño, Boborás, Beariz, Forcarei, A Estrada, Vedra, Boqueixón, Santiago de Compostela.
2. Braga, Vila Verde, Ponte da Barca, Ermelo – onde existiu um mosteiro cisterciense – Lindoso. Aqui atravessa a fronteira e passa ao lado de duas localidades, hoje submersas pela barragem, a primeira das quais, singularmente, se chama Compostela, e logo a seguir Azeredo, cujo padroeiro é São Tiago. Segue para Entrimo, e entra novamente em território português pela Ameijoeira, Castro Laboreiro, Portelinha e Alcobaça, no concelho de Melgaço, seguindo novamente pela Galiza por Assureira, Monte Redondo e entroncando no percurso já assinalado anteriormente.
Texto: Carlos Vaz
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