A Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda (BE) de Braga defendeu a criação “urgente” de condições para concretizar a mobilidade suave, posição partilhada pela a Associação Braga Ciclável.
A principal conclusão saída da reunião entre os bloquistas e a ‘Ciclável’ foi que a mobilidade suave “é um objectivo eternamente adiado na cidade de Braga, mas é uma urgência para a melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes”.
No comunicado ao PressMinho, o BE acrescenta que foram ainda analisadas as obras de recuperação da ciclovia da Encosta e os seus “numerosos problemas”, nomeadamente o facto de, para a realização da obra, “terem sido abatidas quase duas dezenas de árvores desnecessariamente”.
“De mesmo modo, permanecem erros, como a falta de atravessamos, as papeleiras na berma da ciclovia, a descontinuidade do troço e, sobretudo, o facto de não integrar uma rede de ciclovias que permita que as pessoas usem a bicicleta nas suas deslocações para o trabalho, em toda a cidade, tal como sucede nas grandes cidades europeias”, refere a Concelhia do BE.
Considerando que o uso da bicicleta é uma solução para a diminuição do número de automóveis e da poluição na cidade, o Bloco afirma que, “no entanto, para o actual executivo municipal a bicicleta serve apenas para o lazer, desporto e saúde, ignorando as experiências de outras cidades e as vantagens para quem vive em Braga, em termos de diminuição de ruído, de CO2 e, consequentemente da saúde dos seus habitantes”.
Um outro aspecto abordado do encontro foi a sinistralidade que se “mantém elevada” no concelho, “e que está directamente relacionada com a falta de condições de segurança para quem usa a bicicleta em estradas por onde circulam automóveis. Além da perda de vidas, acrescentam-se os danos físicos e para a saúde, muitas vezes irreversíveis”.
TROTINETES
Por sua vez, a Associação Braga Ciclável apresentou as medidas que considera prioritárias, desde a semaforização, as passadeiras sobreelevadas, o sistema de partilha de bicicletas e o aumento de lugares de estacionamento para bicicletas, entre outras.
Na reunião foi também abordada a questão da utilização das trotinetes e quais os seus objectivos. “
“Tendo em conta os acidentes de que há registo e o facto de circularem no espaço dos peões, há a necessidade de, pelo menos, criar um regulamento com regras de utilização que seja dado a conhecer aos utilizadores”, defende a Concelhia bloquista bracarense.
O encontro, remata a nota, “permitiu a partilha de várias ideias e propostas que são comuns à Braga Ciclável e ao Bloco de Esquerda e que serão vertidas no programa autárquico”.