VILA DE PRADO

VILA DE PRADO -

Igreja de Prado tem um novo órgão de tubos

Tem lugar este fim-de-semana, solenidade de Pentecostes, a bênção e inauguração do novo órgão da igreja paroquial de Prado.

A apresentação do instrumento à comunidade ocorrerá com uma eucaristia solene, na qual o órgão será benzido, e com dois concertos.

Trata-se de um instrumento com 1.458 tubos, repartidos por 23 registos, dois teclados e pedal. Com mais de três toneladas e aproximadamente sete metros de altura, a sua montagem demorou seis meses e nela todo o instrumento foi revisto e a sua sonoridade adequada à sua nova “casa”.

A aquisição de um instrumento digno e de qualidade era já um sonho acalentado no seio desta comunidade desde há alguns anos.

A disponibilização deste instrumento numa comunidade protestante alemã, no final de 2019, devido ao encerramento ao culto do seu templo, criou uma oportunidade de aquisição de um verdadeiro órgão por um custo inferior a qualquer imitação electrónica.

O pároco e principal impulsionador da ideia, João Alberto Correia, sublinha o facto de a paróquia de Prado estar hoje mais rica com este novo instrumento.

«Será um incentivo à maior solenidade e beleza das celebrações, função primeira para a qual o investimento foi feito, mas também para uma dinamização cultural e formativa», refere.

Para José Rodrigues, responsável pela instalação do órgão, trata-se de uma «aquisição sapiente e uma aposta na qualidade e no futuro das celebrações cristãs».

«Em muitas comunidades, tem existido uma diminuição da exigência com o conteúdo musical, se não mesmo um “desleixo”, levando a crer que tudo serve no canto de louvor a Deus», sublinha.

Este especialista em Património da Igreja lembra também que muitas igrejas têm órgãos históricos ao abandono.

«Cuidar do que recebemos do passado é um dever moral para com a memória, tanto mais quando se trata que um instrumento musical que pode conferir maior qualidade ao culto», frisa.

Os dois concertos de apresentação, para os quais é necessária inscrição, estarão a cargo do organista Daniel Ribeiro que interpretará a célebre Toccata e Fuga em Ré menor, de Bach, bem como grandes obras-primas de Rheinberger e Widor.

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