Os sindicatos da Frente Comum (FC) cumprem esta quinta-feira um dia de greve na função pública devido à «incapacidade negocial deste governo».
Reclamam o aumento geral dos salários, a valorização das carreiras, a correcção da Tabela Remuneratória Única, a revogação do SIADAP e a defesa dos serviços públicos.
«Não fizemos greve durante a pandemia. Os trabalhadores mantiveram-se a trabalhar, solidários com a situação de pandemia, sem fazer qualquer greve. Por isso, temos a expectativa de que os trabalhadores vão aderir em massa», sintetizou o dirigente sindical Sebastião Santana.
Todos os sectores da Administração Pública estarão com pré-aviso de greve, com «excepção dos trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde, dos centros de vacinação e de testagem à Covid-19».
Assim, de acordo com Sebastião Santana, poderão encerrar escolas (trabalhadores não docentes) e serviços públicos como as repartições de Finanças ou os serviços da Segurança Social.
Entre os serviços abrangidos encontram-se ainda centros de emprego, autarquias, museus, tribunais, serviços do cartão do cidadão e registo criminal, além da recolha do lixo efectuada por trabalhadores dos municípios.
Os sindicatos convocaram os trabalhadores para se concentrarem, a partir das 15h00, no Largo da Ajuda, em Lisboa, à mesma hora a que estará a decorrer o Conselho de Ministros.
No mesmo local, de manhã, a partir das 11h15 horas, estarão concentrados os professores convocados pela Fenprof, em protesto pelo «bloqueio negocial imposto pelo ministro Tiago Brandão Rodrigues».
A última greve da função pública realizou-se no final de Janeiro de 2020.