Cerca de meia centenas de trabalhadores dos TUB – Transportes Urbanos de Braga puseram, no início de Maio, uma acção no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga pedindo a revogação da decisão camarária que os obrigou a fazer 40 horas de trabalho semanal, entre 2014 e 2016.
Os funcionários dos TUB, a maioria deles motoristas, não foram abrangidos pelo acordo celebrado em 2020 entre a Câmara e o STAL- Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local por causa das 40 horas e que obrigou o Município a pagar faseadamente, até 2022, um total de três milhões de euros, aos seus funcionários. Querem, por isso, ter um acordo semelhante e receber o dinheiro das horas feitas a mais, naquele período.
Contactado a propósito, o administrador dos TUB, Teotónio dos Santos, disse ao Vilaverdense que a empresa municipal pagará o que vier a ser determinado pelo Tribunal, salientando que não pode fazê-lo sem uma decisão nesse sentido.
Já o dirigente local do STAL, Baltazar Gonçalves, explicou que espera uma sentença igual à que considerou ilegal a imposição das 40 horas nos serviços da Câmara: “há aqui uma discriminação. Os da Câmara foram ressarcidos e os dos TUB e da AGERE ficaram sem nada”, lamentou.
O sindicalista diz que “os direitos laborais são iguais para todos”, o que o leva a dizer que “a luta pelo pagamento dessas horas, não cessa enquanto o assunto não for resolvido”.