O PSD venceu as Eleições Autárquicas do passado domingo na União de Freguesias da Ribeira do Neiva, com José Peixoto como candidato mais votado. Mas não ganhou com maioria, o que obrigará a negociações para compor o executivo da Junta de Freguesia, de acordo com as últimas informações. Mas parece não abdicar do “seu executivo”.
É que tanto a candidatura vencedora como o movimento independente “A Força da Ribeira”, do ex-autarca Artur Correia, conseguiram eleger quatro mandatos e o último foi para Joaquim Gonçalves, do Chega. É precisamente este último que pode funcionar como “fiel da balança”.
“Obrigado” a negociar, o presidente eleito poderá ter de abdicar dos dois elementos seguintes da sua lista, Candy Costa e José Dantas, abrindo a porta à entrada de dois “rivais” para as funções de Secretário ou Tesoureiro.
PEIXOTO QUER O “SEU EXECUTIVO”
Percebe-se, no entanto, que não é, pelo menos para já, essa a intenção de José Peixoto, que publicou no Facebook um texto, acompanhado pela fotografia dos três primeiros candidatos, onde enaltece a vitória e agradece aos eleitores «a confiança depositada».
«Foi uma boa vitória! Vencemos as eleições com mais 179 votos que a segunda lista mais votada! Ficamos muito perto de obter uma maioria absoluta: em termos globais, a escassos 12 votos; ou se a terceira lista mais votada, tivesse obtido menos 3 votos. Estes são os factos, os dados objectivos».
Num texto com várias mensagens subliminares, a candidatura do PSD acentua que, terminada que está a contenda eleitoral, «é o momento certo para todos trabalharem para o bem comum, para o bem da Ribeira do Neiva».
«O tempo agora é de todos os eleitos trabalharem com rigor, respeitando a vontade expressa nos votos e cumprindo o programa que foi apresentado. Pela nossa parte estamos felizes pela vossa confiança, mas também cientes das responsabilidades que sobre os nossos ombros pesa, com uma enorme vontade de servir a população da Ribeira do Neiva», afirma.
CHEGA NÃO ABDICA DE UM LUGAR NO EXECUTIVO
Instado a comentar os factos em apreço, Joaquim Gonçalves foi taxativo: «Aguardo um contacto, pois não vou andar de mão estendida». Em declarações ao jornal “O Vilaverdense”, foi ainda mais longe: «Não abdico de um lugar no executivo».
De resto, diz que só tomará uma decisão «depois de ser contactado. Até agora, ninguém falou comigo. Vou aguardar, mas não cederei em nada. Nem posso deixar mal quem confiou em mim e quem apoia o CHEGA!».
Também esclarece que «não existe qualquer acordo com os independentes. Fala-se muito, mas não falei com ninguém. Nem tenho que fazê-lo. Eles é que têm que falar comigo! Eles, ou a outra candidatura».
INDEPENDENTES QUEREM LUGAR NO EXECUTIVO E PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA
O Grupo de Cidadãos Eleitores “A Força da Ribeira” admite viabilizar um executivo onde garanta um lugar no mesmo e a presidência da Mesa da Assembleia de Freguesia. «Estamos à espera de ser contactados, mas não abdicamos de um lugar no Executivo e a Presidência da Assembleia de Freguesia», referiu Artur Correia, ao jornal “O Vilaverdense”.
Se assim for, «temos uma solução que reflecte os resultados eleitorais», advoga Artur Correia.
Neste quadro actual, perante as posições dos candidatos, adivinham-se “maratonas negociais”. Caso não exista acordo, estará em cima da mesa a realização de eleições intercalares.
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