O presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, admitiu este sábado a possibilidade de a autarquia renunciar ao acordo com o Ministério da Educação para a requalificação das EB 2,3 de Vila Verde e da Vila de Prado, pelo facto de o Governo «não ter ainda cumprido a sua parte».
O autarca disse ao jornal “O Vilaverdense” que, nos últimos dias, enviou uma carta ao Ministério liderado por Tiago Brandão Rodrigues a «reiterar a urgência» de o Governo entregar uma declaração de compromisso, relativa à sua comparticipação nas obras, para que o Tribunal de Contas dê “luz verde” ao processo.
«É uma situação que está a provocar um considerável atraso, numa intervenção em que a Câmara se substituiu ao Governo. Infelizmente, as obras vão ter que decorrer em período lectivo, ao contrário do que era a estratégia e a calendarização do Município», explicou.
Tudo isso, acrescentou, «faz com que existam constrangimentos que não estavam previstos», embora sublinhe que «a Câmara vai procurar reduzir os incómodos causados e manter a normalidade possível».
CRÍTICA AO PS POR CAUSA DO VADE
António Vilela critica «a postura do PS local» sobre a requalificação da extensão de saúde do Vade, sublinhando que «também neste caso a Câmara substituiu-se ao Governo».
«O Município apresentou duas propostas alternativas para que os serviços continuassem no Vade, o gimnodesportivo e a Casa do Povo. Nenhum deles foi aceite pela ARS Norte, por não reunirem as condições», refere.
Segundo o autarca, o Centro de Saúde de Vila Verde acabou por ser a solução encontrada e «validada pela ARS Norte». «Face a esta circunstância não tínhamos alternativa que não fosse essa, a não ser criar uma unidade provisória na Portela do Vade, com custos elevadíssimos», apontou.
O PS, recorde-se, criticou a Câmara por não ter mantido o serviço de saúde no Vade enquanto extensão é requalificada.
«Os técnicos da ARS transmitiram ao presidente de Câmara a possibilidade de manter o serviço em funcionamento no Vade, mas este terá recusado exclusivamente porque não quis suportar os custos», disse o PS.