O presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde está preocupado com o facto de a estrada que passa em frente ao quartel ser reduzida, mais de metro e meio, devido à construção da ciclovia urbana.
Ao jornal “O Vilaverdense”, Carlos Braga diz que a infra-estrutura que está a ser construída pela Câmara de Vila Verde, cuja importância «não está em causa», «poderia ser feita sem reduzir à largura da estrada». «Podia passar por cima do jardim», exemplifica.
O receio do líder da corporação vilaverdense prende-se com o facto de «o trabalho dos Bombeiros precisar de rapidez» e de «constantemente estarem viaturas a entrar e sair do quartel», o que «pode criar problemas de trânsito graves».
«E depois de quem vai ser a culpa? Dos Bombeiros, que estavam a sair em emergência» Penso que isso não foi devidamente pensado», refere.
Para evitar problemas, Braga sugere a instalação de semáforos e de uma nova sinalização rodoviária, à semelhança do que acontece em Braga, junto ao quartel dos Bombeiros Sapadores.
«Quando existem incêndios florestais, os camiões estacionam na estrada. Como vai ser agora? E se houver carros em segunda fila, como normalmente acontece? A estrada vai ser muito estreita», vinca.
CÂMARA DIZ QUE ACAUTELOU SITUAÇÃO
Fonte do Gabinete Técnico da Câmara Municipal disse a “O Vilaverdense” que a construção da ciclovia, junto ao passeio que já existe, fará com que o estacionamento entre 1,70 metros da estrada.
«A rua ficará ligeiramente mais apertada, mas ainda assim com 7,20 metros de largura, ou seja, com condições suficientes e a cumprir totalmente a legislação. Obviamente, o estacionamento em segunda fila não poderá acontecer», explicou.
Para a Câmara Municipal, este «é um projecto estruturante na mobilidade dos munícipes no centro de Vila Verde, que tem como principal objectivo unir pontos importantes na sede concelhia, nomeadamente o campo da feira, a central de camionagem e a Escola Profissional».
«O gabinete externo que desenhou o projecto optou por aquela solução e o nosso Gabinete Técnico acautelou que não vai prejudicar nem a circulação rodoviária nem a saída de viaturas do quartel dos Bombeiros», disse fonte da autarquia, lembrado que se trata de um projecto «aprovado por unanimidade em reunião de Câmara e avalizado pelo Tribunal de Contas».