A Câmara Municipal de Vila Verde aprecia esta segunda-feira a proposta de Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2022/2026, apresentada pela maioria social-democrata do executivo presidido por Júlia Fernandes. Quanto ao documento, este prevê um «investimento global superior a 40 milhões de euros (40.701.458,00 €) para o próximo ano». Segundo a líder do executivo camarário, trata-se de uma «gestão de rigor e transparência para a concretização de uma estratégia clara de desenvolvimento sustentado do concelho e reforço contínuo da qualidade de vida para todos os vilaverdenses».
«O trabalho em parceria, envolvendo autarquias locais, IPSS e outras instituições, representa uma das maiores valias do Concelho, onde o Município mantém como prioridade a inclusão social e o investimento na valorização social e profissional das pessoas. A educação, a saúde, a dinamização económica descentralizada e promotora de emprego, a valorização ambiental, assim como a modernização de infra-estruturas públicas e melhoria contínua das vias de comunicação, são pontos-chave do Município para 2022», pode ler-se em nota enviada pela autarquia.
Para a presidente de Câmara, o plano de actividades de 2022 é «realista e ambicioso» e deixa uma referência especial para o investimento «na protecção da economia local, das empresas e das famílias».
«Este orçamento destina-se a cumprir uma política centrada nas pessoas, atenta e atuante no sentido da satisfação das necessidades das famílias, com discriminação positiva dos mais frágeis e desprotegidos, das crianças e dos jovens, sustentada numa política fiscal com sensibilidade social, mas igualmente susceptível de promover a efectiva atractividade territorial para o investimento empresarial, indispensável para se poder criar mais e melhor emprego, fixando os jovens nas suas freguesias de origem», explica Júlia Fernandes.
EDUCAÇÃO E ACÇÃO SOCIAL
A maior fatia do Orçamento Municipal destina-se às funções sociais, o que, na óptica da presidente da Câmara Municipal, «é sintomático de que tudo vai ser feito para que o Concelho se revele solidário e inclusivo, mas sem perder de vista a vertente da requalificação e modernização de infraestruturas e equipamentos públicos absolutamente necessária papa alavancar a competitividade da economia local».
A educação afirma-se como um «sector nuclear do progresso social», para o qual se «reserva um importante investimento de recursos na capacitação das novas gerações, apostando na melhoria das condições de funcionamento e atratibilidade do parque escolar, a par de uma forte articulação com as escolas e agrupamentos de escolas concelhios e de uma política de constante apoio às famílias, no âmbito das medidas de acção social escolar».
No capítulo da acção social, o «trabalho de parceria com todas as instituições concelhias, que são quem melhor conhece a realidade e que, no terreno, realizam um trabalho insubstituível, especialmente no que toca ao apoio às famílias mais carenciadas, às crianças e aos mais idosos, revelar-se-á prioritária».
INFRAESTRUTURAS E AMBIENTE
Na perspectiva de «optimizar todos os recursos e meios disponíveis» neste trabalho de planeamento existiu a «preocupação de preparar o Município para o melhor aproveitamento de todas as oportunidades de investimento criadas com os mecanismos de apoio financeiro no âmbito do Portugal 2020, do Plano de Recuperação e Resiliência e do próximo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030». A «mobilização de recursos», designadamente dos fundos estatais e comunitários, visa, sobretudo, a «melhoria dos serviços básicos essenciais, reforçando o investimento nas redes de saneamento básico e de abastecimento de água e apostando na crescente eficiência do serviço de recolha dos resíduos sólidos urbanos».
A modernização da rede viária é como condição fundamental para o desenvolvimento e atractividade territorial, reclamando, por conseguinte, também, a «prossecução do plano de requalificação das infraestruturas que percorrem o concelho e, bem assim, a continuidade do investimento na mobilidade sustentável, ampliando a rede de ciclovias e percursos pedonais e avançando com a construção de novos troços da ecovia Homem-Cávado».
Concomitantemente, a «preservação e melhoria da qualidade ambiental» surge como uma preocupação central, propondo-se «acções de protecção e valorização dos nossos recursos naturais, nomeadamente das zonas ribeirinhas e paisagens de montanha, assim como a aposta numa crescente descarbonização, incrementando medidas de maior eficiência energética na iluminação pública e nos equipamentos municipais e investindo na concretização de um plano de mobilidade ciclável e pedonal».
EMPREENDEDORISMO E EMPREGO
O investimento global previsto para 2022 coloca ainda a tónica na promoção do empreendedorismo e do emprego, através de uma «política estruturada de apoio às empresas e de uma política fiscal amiga das empresas e das famílias».
«A reabilitação urbanística dos centros urbanos e dos centros cívicos das freguesias constitui outra das atenções plasmadas do Plano Municipal, com o objectivo de criar novos espaços de convívio e fomentando a sua atractividade para dinamização da economia local».
SAÚDE
Num tempo de incertezas em matéria de saúde, em que a situação pandémica continua a suscitar preocupações e permanentes cuidados, a «defesa e a promoção da saúde dos Vilaverdenses é igualmente prioritária, surgindo como um pilar estruturante do progresso local, mantendo-se uma total disponibilidade e empenho na estreita colaboração com as autoridades de saúde e com as instituições locais no processo de combate à doença COVID-19. Ademais, a maioria social-democrata da Edilidade Vilaverdense, coloca também o seu foco na absoluta necessidade de concluir o processo de modernização de todos os equipamentos de saúde concelhios».
A presidente da Câmara Municipal de Vila Verde reafirma que «a mobilização colectiva é a palavra de ordem para conseguirmos alavancar Vila Verde e colocar o nosso concelho num patamar ainda mais elevado de desenvolvimento», acrescentando que «as pessoas serão sempre a primeira de todas as nossas prioridades, a maior de todas as nossas preocupações».
«COLABORAÇÃO, DEDICAÇÃO E COMPETÊNCIA»
Júlia Fernandes refere que «para o sucesso deste esforço colectivo e para a concretização dos objectivos e das políticas insertadas nas GOP, vão ser decisivos o espírito de colaboração e a enorme dedicação e competência a que as autarquias locais já nos habituaram. Temos nas Juntas e nas Assembleias de Freguesia, tal como na Assembleia Municipal, parceiros insubstituíveis nesta demanda por um território em permanente desenvolvimento, onde todos possam beneficiar do máximo de oportunidades para realizarem os seus projectos de vida».