O Presidente da República considerou esta segunda-feira que “a situação crítica pós-pandémica explica a solução” do Governo para o aumento do salário mínimo nacional em 2022, que no seu entender todos gostariam que “fosse mais longe”.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à saída da sede da Academia Portuguesa da História, em Lisboa, onde participou numa sessão comemorativa dos 300 anos da fundação da Academia Real da História Portuguesa, horas depois de ter promulgado os decretos do Governo que aumentam o salário mínimo nacional e as remunerações da administração pública.
A propósito do aumento do salário mínimo nacional para 705 euros a partir de 1 de Janeiro de 2022, o Presidente da República começou por referir que “alguns ambicionariam que se fosse mais longe, outros pensavam que não se devia ir tão longe” neste momento.
“É evidente que todos nós gostaríamos que se fosse mais longe, mas há um conjunto de pequenas e médias empresas e há uma situação crítica pós-pandémica que explica a solução”, sustentou.
Questionado sobre a eventual criação de um salário mínimo europeu, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que essa “é uma ideia que ainda está em estudo na Europa” e que “ainda precisa de ser aprofundada”.
Segundo o chefe de Estado, “há que esperar para ver, e ver se o que vai acontecer não é haver um quadro geral que depois permite aos países e às várias economias terem os regimes próprios”.
“As economias são muito diferentes, com situações diferentes”, apontou, acrescentando que “hoje respondeu-se a uma situação concreta da economia portuguesa”.