O candidato do partido Aliança em Braga, Carlos Vaz, está a exigir ao Governo uma compensação de 360 milhões de euros para o distrito de Braga em investimentos em mobilidade e estradas.
«O distrito foi esquecido pelos sucessivos Governos. Braga não tem voz na Assembleia da República. Há obras prometidas há mais de 20 anos: a variante para Vila Verde, o Nó de Infias em Braga, a conclusão da variante de Famalicão, desde o seu actual términus setentrional até ao acesso à A3 em Cruz, o fecho da Circular Interna de Guimarães e Barcelos e a velha luta que a boa gente de Celorico de Basto desenvolve no sentido de ter um acesso rápido à auto-estrada A7», anota.
E acrescenta: «O futuro cenário é desolador. Na próxima década, a estação ferroviária de alta velocidade mais próxima para um bracarense, será Verin ou Ourense, em Espanha».
O Aliança, na primeira semana de pré-campanha para as Eleições Legislativas, visitou os vários concelhos do distrito e ouviu as pessoas sobre as dificuldades e propostas para o problema da mobilidade.
Carlos Vaz partilha que ouviu queixas sobre as inúmeras dificuldades do distrito, pelo que propõe uma mudança de ciclo, baseada na implementação de medidas que apostem no crescimento económico e que resolvam os problemas da mobilidade. «Se for eleito serei a voz objectiva que faltou pelo distrito», afirma.
TRÊS PRIORIDADES
O Aliança defende três medidas de carácter prioritário a levar a cabo pelo Estado, nomeadamente portagens gratuitas, num raio de 30 quilómetros, no imediato. E explica: «O excessivo preço cobrado nas auto-estradas afasta os utilizadores e sobrecarrega as estradas nacionais. Temos de alterar isto, é o caos total, em todos os concelhos do distrito».
A segunda prioridade é «compensar o distrito, com 5%, pela não beneficiação da TAP». «Equivalendo a 360 milhões de euros para ligar o quadrilátero com Metro Bus ou equiparado, sendo mais uma “infra-estrutura indispensável” e já anunciada em 2020, também pelo secretário de Estado da Economia João Neves, para quem “a inexistência de instrumentos de mobilidade conduz ao enquistamento de territórios densamente povoados”», refere.
Carlos Vaz diz que o Governo da “geringonça” optou por gastar cerca de 7, 2 mil milhões de euros, «numa medida ideológica de reversão da privatização da TAP e a prepará-la para nova privatização».
A terceira proposta do Aliança passa pela «construção de uma ligação multimodal que ligue o Norte e o Sul do Distrito. Desde a portagem de Anais, atravessando Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso até à A11, via Taipas, com melhoria dos acessos às várias zonas indústrias e ao Avepark». E acentua: «Esta ligação deve prever ainda o serviço do MetroBus na ligação com a futura estação ferroviária».