Conforme “O Vilaverdense” noticiou, a PJ/Braga fez, esta terça-feira, buscas na Câmara de Vila Verde no âmbito de um inquérito que envolve o ex-vereador Rui Silva, por suspeitas de recebimento indevido de vantagens. O visado diz que não sabe de nada.
Fonte policial confirmou-nos que uma brigada consultou e levou documentos, mas escusou-se a especificar qual o inquérito.
Outras fontes dizem que se prende com uma certidão extraída do processo, que está em julgamento, da venda de 51 por cento do capital social da Escola Profissional Amar Terra Verde.
Uma outra brigada esteve, também, naquela escola a ver e recolher documentos. “O Vilaverdense” tentou, mas não conseguiu, ouvir o seu director, João Luís Nogueira.
Em causa está uma denúncia segundo a qual o ex-vereador, e depois deputado do PSD, Rui Silva, terá favorecido uma empresa de construção e recebido contrapartidas, caso de um terreno em Vila Verde e de um apartamento em Braga.
O ex-autarca terá, ainda, ajudado a que o PDM (Plano Director Municipal) fosse alterado para que terrenos agrícolas, daquele empreiteiro, passassem a ter capacidade construtiva.
Contactado a propósito, Rui Silva estranhou o facto. «Não sei de nada, nunca fui ouvido!», disse, acrescentando que, na Câmara, de onde saiu em 2013, teve apenas os pelouros da Educação, do Ambiente e do Desporto, «onde nem se adjudicavam obras, nem bens ou serviços». E diz que não cometeu qualquer ilegalidade.
Afirma, ainda, que nunca fez parte de qualquer comissão de revisão do PDM, pelo que não podia mudar ou influenciar qualquer aptidão de uso do solo.
Nos últimos anos, foram feitas mais de 50 queixas anónimas ao Ministério Público sobre a Câmara local, a maioria das quais acabou arquivada.