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AAUM saúda «operação meticulosa» da PJ e PSP e diz que é tempo de repensar o funcionamento do BA

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) saudou, esta quinta-feira, a PJ e PSP pela “forma ágil e meticulosa” como atuaram ao longo dos últimos dias, tendo a “sua operação de excelência” levado já à detenção de um dos suspeitos do assassinato de um jovem de 19 anos à porta da Bar Académico (BA) em Braga. Admite a existência de receio entre os que frequentam o edifício e a necessidade de rever o funcionamento do espaço de diversão noturna.

Em comunicado, o presidente da associação reafirma que “manterá um contacto próximo com a Polícia Judiciária e com a Reitoria, apoiando e contribuindo, de forma ágil, para que o apuramento das causas e veracidade dos factos seja bem conseguida”.

“É com tremenda consternação, preocupação e choque” que a AAUM encara o ocorrido na madrugada de sábado, nas imediações do BA de Braga. “O local de divertimento de tantos e tantas jovens estudantes da Universidade do Minho tem de ser um local seguro”, frisa.

Luís Guedes assegura que não dispõe de mais informações sobre os acontecimentos, além dos que já se encontram em circulação nos meios de comunicação social. “Em caso de apuramento de qualquer informação, será prontamente disponibilizada às entidades competentes’, afirma, acrescentando que tem mantido “um contacto próximo” com o responsável pela exploração do bar, que “vem interagindo com a PJ para partilha de toda a informação e cedência das imagens de videovigilância do estabelecimento”.

“Neste contexto notoriamente sensível, a AAUMinho considera importante que o respeito pelo contexto humano, emocional, bem como pelo luto dos envolvidos e próximos à vítima, se sobreponham a qualquer tentava de instrumentalização, tanto na esfera política como mediática”, escreve o dirigente estudantil,  sublinhando que ”é imperativo que se consiga garantir a serenidade necessária à prossecução de justiça, nunca desvirtuando a gravidade do sucedido, mas também nunca transgredindo as linhas que distinguem o factual da suposição”.

Luís Guedes reconhece que, após a reunião com o reitor da universidade minhota, Rui Vieira de Castro, e representantes da PSP, e de uma visita ao local, foram identificados “aspetos imprescindíveis” para uma futura reabertura do bar, “destacando-se a necessidade de garantir o acesso exclusivo a membros da comunidade académica”.

RECEIO

O líder da AAUM admite que este caso “constitui uma oportunidade importante para repensar o modelo de funcionamento do estabelecimento, assegurando o cumprimento da sua missão primordial: servir a comunidade académica”.

“Neste processo, é crucial observar rigorosamente as orientações da PSP, da Proteção Civil e das demais autoridades competentes, com as quais será mando contacto regular e uma estreita colaboração ao longo das próximas etapas”, afirma.

Guedes lembra que o BA que funciona na modalidade de concessão de exploração,

Referindo que o BA se encontra a 2 kms do Campus de Gualtar, Guedes lembra que edifício da Associação Académica, além de albergar as instalações do Bar Académico no seu interior, acolhe ainda as sedes de grupos culturais da Universidade do Minho, “cujo funcionamento foi severamente afetado com os acontecimentos recentes”.

“Existe agora um clima de receio generalizado, que impacta um conjunto de estudantes e antigos estudantes, que tanto têm contribuído, através da música e cultura, para um ambiente mais rico, leve e animado, tanto na Universidade como na cidade”, admite.

ovilaverdense@gmail.com

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