A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) criou a Secção de Estudantes Africanos (SEA) com o objectivo de promover a inclusão e a participação nas actividades da academia.
Em declarações à Rádio Universitária do Minho, Tito Correia, aluno angolano licenciado em Economia, que lidera a SEA, afirma que é também intenção “conhecer mais a cultura portuguesa”.
“Queremos ter uma experiência académica melhor. Não queremos terminar o terceiro ano a dizer que só fizemos testes (…) Se conversarem com um africano que fez o curso aqui, não vai dizer que teve uma experiência interessante”, conta à RUM.
Também à Universitária, a presidente da AAUMinho, Margarida Isaías, reconhece que o órgão de representação estudantil “não tinha conhecimento das muitas dificuldades” agora descritas e, que, a partir do momento em que começaram a ser relatadas, foi iniciado o contacto para a criação da estrutura, um processo que durou um ano.
Para a líder estudantil, idealmente “não seria preciso” ter uma unidade como esta, mas torna-se fundamental para “integrar os alunos na academia”. “São muitas as dificuldades, mesmo académicas. Vêm de outros países, com um ensino secundário muito diferente do nosso, e acabam por não ter muitos apoios aqui”, sintetiza à Universitária.