Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) têm aberto, até ao final do dia 13 de julho, um concurso público de 35 milhões de euros para a conceção e construção da linha vermelha do BRT (Bus Rapid Transit).
De acordo com o procedimento, publicado em Diário da República, o concurso está aberto desde o último dia 19 de maio e prolonga-se até às 23h59 de 13 de julho. A obra tem um prazo de execução de 10 meses, tendo de estar pronta até junho de 2026, já que as verbas provêm do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em causa, conforme “O Vilaverdense” já noticiou, está um trajeto de cerca de 6,2 quilómetros, que permitirá fazer a ligação entre a estação de caminhos de ferro e o hospital, passando pelas avenidas Imaculada Conceição, João XXI e João Paulo II e ainda pelo campus da Universidade do Minho.
O BRT, ou metrobus, terá troços em que circulará em vias dedicadas e noutros com “prioridade semafórica”, de acordo com a explicação dada recentemente pelo administrador dos TUB, Teotónio Santos, em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião de Câmara.
De acordo com informações anteriores da vereadora Olga Pereira, todo o processo que permitirá a entrada em funcionamento desta primeira linha contará com um financiamento de 76 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência, incluindo a aquisição dos veículos, que deverão ser 12, a partir de outro concurso que será lançado em breve.
Do projeto inicial aprovado e financiado pelo PRR no valor de 100 milhões de euros, constavam duas linhas, a vermelha e a amarela, sendo que esta segunda foi “para já retirada do projeto”, para não se “perder o prazo” estabelecido, explicou Teotónio dos Santos.
O gestor indicou que a ligação entre a estação ferroviária e a Avenida Robert Smith, que também estava previsto avançar nesta fase, vai ficar, para já, em ‘stand-by’, devido a imposições da Infraestruturas de Portugal (IP), que tutela a Avenida António Macedo.
“Tivemos de a travar, porque a IP não nos permitiu, no fundo, usar duas das vias, uma em cada sentido, na Avenida António Macedo, como vias dedicadas para o BRT”, explicou Teotónio dos Santos.
O administrador dos TUB lembrou que se trata de uma linha também com cerca de seis quilómetros e que só a Avenida António Macedo tem dois quilómetros.
“Se esses dois quilómetros representam logo um terço da linha em que não seria via dedicada, e juntando mais alguns pequenos troços no centro da cidade [também sem via dedicada], não seria uma linha de BRT com uma via completamente dedicada e, portanto, neste momento, não conseguimos avançar com essa linha e tivemos de a retirar para já do projeto, para não perdermos o prazo e podermos executar a linha vermelha”, referiu.