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ACP quer penalizações maiores para quem conduz com álcool

Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), afirma que os castigos para quem conduz embriagado são «extremamente permissivos». A ACP defende que quem for apanhado com taxa de álcool no sangue acima de 0,5 gramas deveria ficar «pelo menos cinco anos sem carta».

«Os castigos são extremamente permissivos. Qualquer uma destas pessoas apanhadas com excesso de álcool devia ficar pelo menos cinco anos sem carta, com pena suspensa durante esses cinco anos. E à mínima multa que tivesse, até de estacionamento, fosse preso», aponta Carlos Barbosa.

As declarações são feitas depois de se verificar que, nos três primeiros dias da Operação Páscoa, já mais de 300 pessoas foram detidas por esta razão.

«Não aceito nem admito que haja uma pessoa com álcool que se meta dentro de um carro. Vai-se matar não só a ele como também aos outros», acusa Carlos Barbosa. «A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e o governo deviam fazer castigos mais severos para quem é apanhado com álcool», vinca.

Há, ainda, segundo o presidente do ACP, uma permissividade do ensino de condução em Portugal e falta de fiscalização permanente, o que contribui para o problema.

«Infelizmente, não há a fiscalização que gostaríamos de ter, permanente. Depois, o ensino em Portugal é extremamente permissivo, assim como os exames. As pessoas vão para as escolas não para aprender a guiar, mas para tirar a carta», sublinha.

Por seu lado, o presidente da Associação de Cidadãos Automobilizados não está surpreendido com os valores da Operação Páscoa.

«Se as forças de segurança tivessem efetivos suficientes e capacidade suficiente para fazer fiscalização efetiva do pais, muito mais pessoas eram apanhadas com excesso de álcool», aponta Manuel João Ramos, que diz que, «neste momento em que não se sabe qual será o próximo governo, os condutores sentem que ninguém olha sobre o ombro deles».

Desta forma, os comportamentos na estrada, «pelo período de férias e pelo período politico tendem sempre a ser ainda mais arriscados e menos sujeitos a autofiscalização».

«Se um familiar ou amigo deixa um condutor ir para a estrada alcoolizado, essa pessoa será cúmplice do crime em caso de colisão ou atropelamento. Há muitas formas de combater o álcool ao volante. É preciso é que haja vontade política, e essa eu não vejo em Portugal», conclui o presidente da Associação de Cidadãos Automobilizados, à Renascença.

ovilaverdense@gmail.com

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