A candidatura da Aliança Democrática (AD) garante que “quer reparar injustiças do governo PS com as forças de segurança”, juntando a “degradação de instalações e equipamentos” no distrito de Braga às “reivindicações remuneratórias e protesto pela discriminação feita pelo governo PS na atribuição de subsídio de missão ou de risco”.
No rescaldo de uma visita a instalações e estruturas de comando da PSP e da GNR, o cabeça de lista dos candidatos a deputados pela AD, Hugo Soares, denunciou que “nestes oito anos de governação PS não há uma obra no distrito de Braga ao nível das infraestruturas das nossas forças de segurança”.
“Não posso deixar de lamentar, de forma veemente, a incapacidade do atual ministro da Administração Interna, que não correspondeu aos investimentos necessários no nosso distrito. De facto, José Luís Carneiro falhou como ministro ao distrito de Braga”, declarou Hugo Soares.
Em comunicado, a AD refere que “a situação foi constatada no comando distrital da GNR, em Braga, que continua a funcionar em contentores, sem que se vislumbre qualquer avanço para a construção de um quartel adequado a uma estrutura que gere cerca de 1.150 militares e 50 civis (incluindo guardas florestais e administrativos), instalados em 23 postos territoriais e um de trânsito”.
“Acrescem vários quartéis que não foram alvo de qualquer intervenção de manutenção, agravando as condições de trabalho, como acontece em Famalicão, Riba d’Ave, Terras de Bouro e Gerês – situações que têm também merecido a contestação dos autarcas”, assinala a coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM.
Para a AD, a “falta de obra do ministro José Luís Carneiro, agora cabeça de lista do PS no distrito”, contrapõe “com a obra deixada por Miguel Macedo, social-democrata que foi ministro da Administração Interna e cujo legado é publicamente reconhecido”.
COMPROMISSO ASUMIDO
O périplo da AD incluiu ainda o comando distrital da Polícia de Segurança Pública, em Braga, onde os candidatos da coligação PSD/CDS/PPM “ouviram e tomaram boa nota das preocupações e anseios que são absolutamente urgentes e legítimos”.
Hugo Soares aproveitou para reforçar o compromisso de “no ‘dia 1’ da governação da AD assumir como prioridade as negociações com os representantes das forças e serviços de segurança para corrigir uma injustiça brutal criada pelo atual governo no que toca à questão publicamente conhecida das remunerações”.
Ao atribuir subsídio de risco apenas a algumas forças de segurança – como a Polícia Judiciária e o Serviço de Informações de Segurança (SIS) –, excluindo a GNR, a PSP e guardas prisionais, o governo PS criou “uma situação discriminatória e de injustiça” – o que tem gerado ondas de protesto.
Sem deixar de ressalvar que “a autoridade tem que ser sempre protegida e mantida”, o líder da candidatura da AD e secretário-geral do PSD agradeceu e apelou ao “espírito de serviço e missão das forças e dos serviços de segurança”.