1,35 milhões investidos em melhorias salariais dos trabalhadores das empresas Agere e Braval. As duas firmas assinaram esta tarde, em Braga, no Altice Forum, um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP). Acordo que fixa em 35 horas semanais o período normal de trabalho dos funcionários, sendo o salário base de 655 euros. No caso da Braval, 42 colaboradores subcontratados serão integrados na empresa. Este acordo preconiza uma previsão de aumentos de custos de 1 milhão de euros na AGERE e de 350 mil euros na Braval.
A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, dos administradores da Agere, empresa de águas e resíduos, da Braval, empresa que procede à valorização e tratamento dos resíduos sólidos no Baixo Cávado, e dos representantes dos sindicatos acima referidos acordo tem um período de vigência de dois anos e entra em vigor no quinto dia posterior à sua publicação. Exceto a tabela remuneratória que entra em vigor em 01 de julho deste ano, ou seja, os trabalhadores receberão retroativamente meio ano, sendo que, para ambas as empresas, foi definido como ordenado base o valor de 655 euros.
O acordo estipula que o período normal de trabalho passa para as 35 horas, para todos os trabalhadores.
OUTROS APENAS PROMETERAM, DIZ RUI MORAIS
“Não existirá maior impacto do que aquele que é esperado pelo aumento da motivação dos nossos colaboradores, por termos conseguido concretizar rapidamente aquilo que muitos prometeram no passado, mas não foram capazes de concretizar”, afirmou, na ocasião, o presidente das duas empresas, Rui Morais.
“Resta-me por isso agradecer, em nome dos dois conselhos de administração, aos acionistas, ou seja, aos seis presidentes de câmara que compõe o Baixo Cávado, Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde bem como aos acionistas privados, por um lado pela criação das condições necessárias à realização das negociações e por outro pelo impulso necessário ao fecho das mesmas”, declara o responsável, estendendo os agradecimentos “às duas estruturas sindicais pela forma elevada como decorreram as negociações”.
E prosseguindo, disse o gestor: “Somos acérrimos defensores dos interesses dos trabalhadores, mas sempre cientes da necessidade da obtenção de consensos no sentido de levarmos a bom porto esta ‘empreitada’”.
O responsável considera que “as apostas dos últimos anos têm colocado a Agere e a Braval no top das empresas nacionais e europeias” e estas continuarão a servir a região “com a máxima qualidade e excelência”.