A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho vai integrar uma candidatura europeia, a submeter aos próximos fundos comunitários, com vista à futura classificação dos Caminhos de Santiago como Património da Humanidade, informou esta quinta-feira o presidente daquela estrutura.
“O objectivo final que pretendemos alcançar é a valorização e a classificação do Caminhos de Santiago. É um processo complexo. Há um trabalho longo para ser feito, mas que tem de ser feito desta forma. O Caminho francês já foi classificado, o Caminho português está agora a dar os primeiros passos. Vai sair legislação nacional que nos vai ajudar. O que estamos a fazer agora é a beber informação doutros países, de outros projectos similares para podermos incorporar no nosso processo esse conhecimento”, explicou José Maria Costa.
O líder da CIM e presidente da Câmara de Viana do Castelo, que falava aos jornalistas à margem de uma reunião do projecto de cooperação interregional europeu CultRinG – Cultural Routes as an Investment for Growth and Jobs, explicou que a candidatura conjunta está ainda numa fase inicial de preparação.
INVESTIMENTO DE 1,2 MILHÕES DE EUROS
A CIM do Alto Minho participa com outros cinco países (Itália, Chipre, Lituânia, Suécia e a Bélgica) na apresentação da candidatura aos próximos fundos comunitários. O investimento global previsto é de 1,2 milhões de euros.
Os Caminhos de Santiago, percurso religioso até Santiago de Compostela, na Galiza, estão classificados como Património da Humanidade pela UNESCO, em Espanha e França. Em Portugal detêm o estatuto de Itinerário Cultural Europeu.
José Maria Costa explicou, ainda, que o projecto europeu em que a CIM do Alto Minho está agora envolvida abrange o Caminho da Costa e o Caminho Central.