A Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) recebeu, esta terça-feira, as Provas de Aptidão Profissional (PAP) dos alunos do Curso de Electrotecnia, que representaram também a despedida do criador e fundador deste curso, Vítor Machado.
Após 26 anos de actividade, o director do Curso de Eletrotecnia despediu-se dos seus últimos 19 finalistas com «a consciência do dever cumprido por ajudar, com os outros professores, várias centenas de jovens a encontrar um rumo para a vida, como seres humanos e profissionais competentes».
Vítor Machado não esqueceu a capacidade da EPATV em «dotar este curso com todos os meios, equipamentos e recursos financeiros para que os alunos tivessem todas as condições para o sucesso».
«O resultado é excelente quanto é certo que alguns alunos — com necessidades educativas — não ficaram para trás, como é lema da EPATV. Acresce que, destes 19 finalistas, cinco vão continuar os seus estudos no ensino superior, enquanto os restantes têm emprego garantido», refere uma nota da escola.
Foi um «doce e intenso adeus» ao professor decano da EPATV, com dois projectos ligados à produção de mel, como uma arpa eléctrica para matar vespas asiáticas, um fumigador eléctrico auto-sustentável para as colmeias.
A manhã de apresentação de PAP teve como jurados Sandra Monteiro (Directora Pedagógica da EPATV), Vítor Machado (Director de Curso), João Martins (Potauco), Carlos Cruz (SITE Norte), Raquel Pinto, Pedro Arantes (director de turma) e Carlos Marinho.
PROJECTOS
Fábio Silva, Fernando Silva e José Pereira apresentaram um protótipo de Quiosque Informativo da EPATV, um trio que tem futuro assegurado no emprego e no ensino superior (Fábio Silva). Um sistema transportador com separação automática de resíduos foi a prova desenvolvida pelo Hugo Feio, Jorge Silva e Tiago Costa.
A prova de Tiago Torres apresentou um protótipo de arpa eléctrica para combater a vespa asiática, alimentada com painel solar, seguindo-se um sistema de gravação, comunicação e som que foi idealizado e construído por João Dias e Pedro Rodrigues.
Tiago Reis afirmou-se como um “Cristiano Ronaldo da manutenção” — no comentário de um dos jurados – apresentando trabalhos de reparação de motores eléctricos, placa de comando de um portão, máquina furadora de liquidificadora, aparelho de soldadura, comando de um torno mecânico. Vai trabalhar numa empresa da Póvoa de Varzim que lhe garante o transporte diário.
Diogo Oliveira e José Miguel Gonçalves surpreenderam o júri com a construção de um motor estrela electromagnético numa PAP que demonstrou «muita dedicação e um trabalho muito bem conseguido».
O açoriano Ricardo Magalhães e Carlos Cunha construíram uma caixa de administração medicamentos para os doentes isolados, com sinalização visual e acústica.
Um canteiro de rega automática alimentado por energia solar que tem em conta os índices de humidade da terra, a temperatura e a pluviosidade — sustentável, amovível e economizador de água — foi a proposta de André Silva e Diogo Pires.
João Silva, José Cardoso e Vasco Costa construíram um fumigador para as colmeias de produção de mel, alimentado por energia solar, encerrando uma manhã cuja marca de água foi a sustentabilidade ambiental e a recuperação de equipamentos para enriquecer a escola.