O candidato do PS à Câmara de Vila Verde, António Esquível Gomes, lamentou ter encontrado um «caminho muito minado» e um «partido em cacos» nestas Eleições Autárquicas, admitindo que ainda não decidiu se ocupará o lugar de vereador.
«Aceitei ser candidato num contexto muito difícil, porque não é segredo para ninguém que o PS estava completamente desfeito e em cacos. Convenci-me que seria capaz de conciliar e tentar agregar as pessoas à volta da candidatura, mas a conclusão é que não foi possível», referiu.
Ouvido pelo jornal “O Vilaverdense”, no dia seguinte ao resultado eleitoral, em que os socialistas sofreram uma derrota expressiva, o cabeça-de-lista do PS disse que o partido «tem um historial e um prestígio que não pode perder» em Vila Verde e apelou a que haja união interna.
«Além de um caminho muito minado, enfrentei uma campanha orquestrada no sentido de me fragilizar e de pôr em causa a minha dignidade. Acima de tudo, deixo um apelo para que as pessoas acabem com guerras internas e sejam capazes de dar as mãos e de revitalizar o partido, porque Vila Verde precisa disso», frisou.
Questionado sobre se assumirá o lugar de vereador no executivo municipal, António Esquível Gomes disse que «ainda não há uma decisão tomada» e que esse será um assunto para discutir «nos próximos dias».
«Teremos de reunir internamente, conversar e ver como serão as coisas daqui para a frente. Neste momento, ainda não está nada definido», frisou.
«CONSCIÊNCIA TRANQUILA»
O candidato do PS assegurou estar de «consciência tranquila» com os resultados eleitorais deste domingo e disse sentir «muita honra» no seu percurso político, em especial dos 12 anos como presidente da Junta de Cabanelas.
«Estou perfeitamente tranquilo e com a consciência de que fiz o meu melhor. Tenho muita honra do percurso que sempre fiz dentro do PS, sem cobrar nada a ninguém. Infelizmente, esta é a realidade e que há que aceitar, felicitando quem venceu», frisou.
O PSD ganhou as Eleições Autárquicas deste domingo, elegendo Júlia Fernandes como presidente da Câmara e conseguindo reforçar a maioria com cinco vereadores, mais um do que há quatro anos.
O PS e o Chega – que se estreou na corrida autárquica – elegeram o respectivo cabeça-de-lista.
Em relação a 2017, a candidatura socialista à Câmara Municipal perdeu dois vereadores e obteve menos 4.914 votos.