A Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest) lamentou, esta terça-feira, que os eventos-piloto tenham sido uma «perda de tempo», e acrescenta ter sido surpreendida 45 dias após a sua realização com um «problema técnico» na gestão dos dados. Em comunicado, a Aporfest aponta que numa reunião com o Ministério da Cultura e a Direcção-Geral da Saúde (DGS), foi «surpreendida com um “problema técnico” que afectou o controlo dos resultados do público presente nos quatro eventos teste-piloto efectuados entre final de Abril e início de Maio».
Entre Abril e Maio foram realizados quatro eventos-piloto em Braga, Coimbra e Lisboa, que contaram com plateia (sentada e em pé) e com a realização prévia de testes de diagnóstico aos espectadores, com o objectivo de definir «novas orientações técnicas e a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 para a realização de espetáculos e festivais».
A associação recorda, na mesma nota, que os eventos «serviriam, na teoria, para aliviar restrições do sector cultural, nomeadamente no funcionamento de espectáculos e festivais», mas denuncia que acabaram por ser «acções que apenas se transformaram em custos para quem os produziu e numa pura perda de tempo».
«Pior que isso, foi a informação, 45 dias depois, deste problema, quando o mesmo poderia ter sido agilizado mais cedo», atira ainda a Aporfest.
Depois de mais de um mês, não foram ainda divulgadas as conclusões desses eventos-piloto.
FOTO: RTP