É oficial. A APPACDM vai encerrar os seus serviços em Vila Verde, Braga, Esposende e Famalicão. A decisão inclui, ainda, o não pagamento dos salários de março.
A direção da APPACDM, na pessoa de Bruno Silva, revelou esta sexta-feira que vai fechar os Centros de Atividades e Capacitação para a Inclusão em Vila Verde, Braga, Esposende e Famalicão. A par disto, os salários de março também não serão pagos aos trabalhadores.
«São medidas urgentes que temos que avançar por motivos alheios à gestão», começa a direção da APPACDM, em comunicado. Tudo isto se deve, segundo a mesma, «à surpreendente penhora realizada na semana passada pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS)”, no valor total de 303 mil 061 euros e 32 cêntimos».
E a atual direção atira as culpas: «Essa penhora decorre de incumprimentos sucessivos da direção anterior. Tínhamos acertado um plano com a Direção do Centro Distrital da Segurança Social de Braga para resolver estas dívidas e resultado das reuniões recentes. Mas a IGFSS em Lisboa surpreendeu com estas penhoras das contas», justifica Bruno Silva.
«Infelizmente, a situação financeira da APPACDM encontra-se fragilizada, sem suporte para cumprir com seus compromissos, incluindo o pagamento de colaboradores, fornecedores e outros serviços», pode ainda ler-se.
«A Direção está empenhada em resolver essa situação o mais breve possível. No entanto, não é possível comprometer-se com uma data precisa para a sua resolução», aponta Bruno Silva.
«Lamentamos profundamente pelos transtornos causados a todos os envolvidos e reafirmamos o nosso compromisso em buscar soluções efetivas para superar essa crise financeira», finaliza.
Entretanto, já hoje, o anterior presidente da APPACDM de Braga disse à Lusa que vai responsabilizar criminalmente o atual presidente, que o acusou de ter lesado a instituição em “entre dois a três milhões de euros”.
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