MUNDO

MUNDO -

Arcebispo de Braga recorda ‘modelo inspirador’ do Papa Francisco

O arcebispo de Braga, José Cordeiro, evocou esta segunda-feira o Papa Francisco como o homem que ensinou que “o centro só se vê bem a partir das periferias”, sublinhando que recebeu a notícia da sua morte com dor, surpresa e esperança.

Em declarações à Lusa, José Cordeiro destacou também a coragem de Francisco, que no domingo, já muito debilitado, foi à Praça da S. Pedro “como que despedir-se do mundo e de todas as pessoas com quem teve a graça de anunciar o Evangelho de Cristo”.

“Deixou um grande legado, de dizer que o centro só se vê bem a partir das periferias e que as periferias ajudam a olhar o centro. E as periferias são aquelas existenciais, os pobres, os descartados, os excluídos, para que todos juntos prossigamos como peregrinos de esperança”, referiu o arcebispo de Braga.

José Cordeiro recordou também o primeiro encontro que teve com o Papa Francisco, em 29 de maio de 2013, data do seu aniversário.

“Ali eu vi que tudo é graça. E a infundir coragem, confiança, para mim foi sempre um modelo inspirador e sê-lo-á, porque ele abriu a esperança com a coragem e a determinação de quem vive em Cristo. E, como ele dizia, a fé ou é encontro com Cristo vivo ou então não existe. E a Igreja existe para isto, para evangelizar, para propor com alegria, com esperança, com autenticidade, com humildade”, referiu.

O Papa Francisco morreu esta segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

“O gesto de ir à varanda e à praça, no carro, é de uma coragem de alguém que acredita firmemente e vive a partir daquilo em que acredita”, disse José Cordeiro.

O arcebispo de Braga confessa ter recebido a notícia da morte com dor e surpresa, mas também com esperança.

“Dor, surpresa e esperança são os sentimentos que me inundam o coração ao ter conhecimento da Páscoa eterna do Papa Francisco”, referiu.

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE