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Arlindo Fagundes. PCP/Braga lamenta morte de ‘destacada figura’ da cultura e militante comunista

A organização distrital de Braga do Partido Comunista Português (PCP) lamentou a morte do ilustrador Arlindo Fagundes, que morreu na quinta-feira aos 79 anos, enquanto uma “destacada figura da Cultura” e ativo membro do partido.

“Arlindo Fagundes foi um destacado artista plástico e ilustrador. Ao longo de décadas, desde o período da ditadura fascista até recentemente, enquanto a situação de saúde o permitiu, manteve uma ininterrupta atividade política no PCP, partido pelo qual foi candidato em diversas eleições e no qual assumiu tarefas ao longo do tempo”, refere, em comunicado, a organização distrital de Braga do PCP.

O partido recordou ainda a participação ativa de Fagundes “na defesa do Centro de Trabalho de Braga perante o assalto levado a cabo pelas forças reacionárias em agosto de 1975”, quando o edifício foi atacado e destruído.

Conforme “O Vilaverdense” noticiou, o ilustrador e ceramista Arlindo Fagundes, nome de referência da área da banda desenhada e do cartoon e ilustrador dos livros da coleção “Uma Aventura”, morreu esta quinta-feira, aos 79 anos, vítima de doença prolongada, em Braga, onde residia há várias décadas.

Arlindo Fagundes nasceu em Ovar, distrito de Aveiro, em 03 de julho de 1945, e frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. 3A sua formação passou também pelo Conservatoire Libre de Cinéma Français, onde se diplomou como realizador de Cinema em 1973, durante o seu exílio em França (1967-1974), tendo aderido ao PCP em 1968, de acordo com a biografia patente na Infopédia.

Como caricaturista, colaborou nos jornais regionais Correio do Minho, Minho e A Patada, todos de Braga, para além do República, Sempre Fixe, O Norte Popular (do Porto) e A Alavanca, jornal da Intersindical, com a particularidade de neste último ter realizado uma série de tiras de BD.

As ilustrações para a coleção infanto-juvenil “Uma Aventura”, a personagem Pitanga ou o busto de António Variações, colocado em Fiscal (Amares), na terra natal do cantor, são alguns dos seus trabalhos mais reconhecidos.

O funeral será no sábado, às 16h00, no tanatório de Braga. O corpo vai estar em câmara ardente numa sala do mesmo tanatório, a partir das 09h00 de sábado.

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