A Câmara de Braga está a implementar ‘Zonas 30´ – que reduzem a velocidade de circulação a 30 Km/h- nos quarteirões da Makro, Torre Europa, Quinta da Fonte e Montélios. A autarquia estima-se que nestas quatro áreas urbanas habitem mais de 15 mil pessoas.
As obras nos quarteirões de Montélios e da Quinta da Fonte iniciaram-se no passado dia 12 e as intervenções no quarteirão da Torre Europa e da Makro têm início no próximo dia 3. A intervenção no quarteirão da Makro tem um prazo de execução de 180 dias, sendo que para os restantes o prazo é de 240 dias.
“Os projectos serão concretizados através da implementação de percursos pedonais acessíveis e confortáveis, focando a circulação por parte de pessoas com mobilidade reduzida através da implementação de passadeiras/cruzamentos sobrelevados, que funcionarão como medida de acalmia de tráfego”, refere a autarquia em comunicado às redacções.
“Neste projecto estão incluídas a colocação de passadeiras com pavimento podotátil, medidas de acalmia de tráfego, colocação de rampas acessíveis, alargamento dos passeios e a retirada de barreiras urbanísticas. As áreas serão totalmente acessíveis a todos e para todos”, refere.
O valor total de adjudicação das empreitadas foi superior a dois milhões de euros, financiados pelo programa operacional do Norte2020 no âmbito do contratualizado no PEDU.
MIGUEL BANDEIRA: “MOBILIDADE É FACTOR CRUCIAL”
Para Miguel Bandeira, vereador do município de Braga, estas intervenções exprimem a “articulação entre a estratégia de regeneração urbana e da mobilidade”.
“Em 2016 aprovamos as novas áreas de Reabilitação urbana para Braga que sustentam uma alteração profunda do conceito de reabilitação que se amplia a áreas carentes de intervenção pública e privada através dos incentivos previstos e que estão em vigor. Desde essa data que nos empenhamos na aprovação de fundos comunitários para estas intervenções e no desenvolvimento dos projectos”, refere, acrescentando que “são projectos focados no peão, na acessibilidade para todos, e na segurança rodoviária”.
“O crescimento desenfreado e desordenado das décadas passadas desqualificou estas zonas urbanas. Estas intervenções são o princípio de várias outras iniciativas destinadas a tornar a mobilidade um factor crucial na qualidade de vida dos bracarenses”, sublinha Miguel Bandeira.
Para o vereador “estes projectos visam a humanização do ambiente urbano, a promoção dos modos sustentáveis, o aumento da segurança rodoviária através da redução da velocidade de circulação, a melhoria da acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, a promoção da rua como factor de socialização – além da sua função natural de circulação – a gestão do estacionamento e circulação viária, o aumento da equidade social no acesso a bens e serviços e a redução dos níveis de gases de efeito de estufa”.
“Visam, ainda – acrescenta- contribuir para uma divisão modal mais sustentável na globalidade da cidade, para a diminuição da poluição sonora, para o aumento progressivo do reconhecimento das vantagens de um espaço humanizado – focado na utilização dos modos suaves e para o aumento da qualidade do ambiente urbano – e consequente melhoria da qualidade de vida”.